Daniela Hall denuncia na Câmara Municipal vereador por atitude machista
“Isto precisa acabar. As mulheres precisam denunciar para que atos como esses não fiquem impunes", disse.
Em sua rede social na tarde de ontem (11), a vereadora Daniela Hall (PSD) comentou sobre o caso que aconteceu na segunda-feira, durante reunião de trabalho, em que foi vítima de atitude ‘truculenta e machista’ por parte do vereador Elias Ishy (PT). “Hoje à tarde ouvi um colega vereador “tripudiar” da minha condição de mulher e presidente da Câmara Municipal dizendo que eu tinha que mandar era na minha casa. Disse ao nobre colega que minhas atribuições como vereadora, me permitem muito além do que isto, e exijo respeito, nem que para isto tenha que denunciá-lo no Conselho de Ética da Câmara. O senhor deveria honrar as mulheres que o elegeram e todas as outras desta cidade, que não aguentam mais esse machismo. Não vou tolerar esse tipo de atitude nem na sociedade e muito menos na Câmara que deve servir de exemplo! Basta!”, disse Daniela.
Após o ocorrido, a vereadora denunciou na tribuna da Câmara sobre o caso, e disse que as mulheres precisam denunciar os atos machistas: “Isto precisa acabar. As mulheres precisam denunciar para que atos como esses não fiquem impunes. Todas as mulheres de nossa cidade merecem o respeito seja em qual for sua atuação, afinal, lugar de mulher é onde ela quiser. Como mulher, resolvi querer ser advogada, esposa, mãe, vereadora, presidente desta Casa, e legitimamente eleita com o poder soberano, que é do povo, estou aqui hoje, resistindo e denunciando toda forma de opressão e o controle sobre nossas decisões, pelo fato de ser mulher”, destacou. Daniela acredita que a frase dita pelo vereador foi infeliz e antiquada.
Nota do vereador
Ainda na tarde de ontem, a assessoria do vereador Elias Ishy (PT), por meio de nota, se manifestou sobre o ocorrido.
“Gostaria de esclarecer a notícia produzida pela assessoria da presidente da Câmara Municipal de Dourados, Daniela Hall, onde a mesma afirma ter sido desacatada e vítima de atitude machista durante a reunião da pré-pauta do dia 10 de abril. A versão distorce os fatos do que, realmente, ocorreu. A referida presidente não respeitou o momento da minha fala, interrompendo e atrapalhando meu direito de expressão. Então tive uma reação à condução autoritária da presidente, mas em nenhum momento fui desrespeitoso, apenas cobrei aquilo que seria a ordem. Lamento o fato de não ter sido compreendido e da proporção que isso tomou. Quero, no entanto, dizer o que penso: reprovo atitudes autoritárias e o direito de fala deve ser respeitado em qualquer espaço, principalmente na Casa de Leis. A matéria alega que o debate que tivemos foi gravado, portanto, requisitarei a gravação, pois esta é a prova plena de que a presidente não permitia minha expressão."