Fonoaudiólogo preso na Capital preparava as crianças antes dos estupros

  • Redação 94 FM
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

Na manhã desta quinta-feira (17),  a psicóloga Mônica Lourenço da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) disse ao Midiamax que  o fonoaudiólogo de 30 anos, preso no dia 9 deste mês após estuprar crianças em seu consultório, em Campo Grande,  “preparava as crianças antes dos estupros”.

Segundo Mônica, o fonoaudiólogo preparava as crianças de forma que elas não associassem os abusos a algo errado. Mônica disse que o profissional fazia tipo um preparação para ganhar a confiança das crianças, sempre menores de 8 anos já que eram as mais vulneráveis.

Geralmente, os abusos ocorriam após a quarta, quinta sessão quando o fonoaudiólogo já havia ganhado a confiança das vítimas. O modos operandi era parecido em quase todos os abusos: nas primeiras sessões, o profissional pedia para que as crianças repetissem palavras como, barão, helicóptero.

Após ganhar a confiança das vítimas, o profissional passava a dar início aos abusos, sendo que a partir disso pedia para que os meninos deitassem na maca repetindo as palavras ‘sz, sz”, isso era feito com as mãos na barriga das vítimas, de pelo menos duas atendidas pela psicóloga.  

Em seguida, o fonoaudiólogo passava as mãos nas partes íntimas dos meninos por dentro dos shorts. Durante os depoimentos especiais das crianças, a psicóloga disse que elas estavam bastante assustadas e nervosas.

Preferência por meninos menores de 8 anos

Investigações da delegada Fernanda Félix da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), apontam que o fonoaudiólogo de 30 anos, preso após denúncias de abuso sexual contra pacientes que atendia em uma clínica de Campo Grande, tinha por preferência crianças menores de 8 anos, e quanto menor a vítima, mais agressivo ele era ao cometer os crimes.

De acordo com o Midiamax, o especialista também sempre oferecia doces, balas, pirulitos, chicletes como forma de 'recompensa' para as suas vítimas, sempre meninos. O profissional também atendia meninas, mas elas contaram que não sofreram nenhum tipo de abuso por parte do fonoaudiólogo. 

Ainda segundo a delegada, quanto menor a criança e com mais problemas de fala, o autor era mais agressivo. O autor ainda abordava os pais na saída das sessões ou por meio de mensagens, como forma de averiguar se algo havia sido dito sobre o que havia ocorrido dentro do consultório.

Das nove crianças ouvidas na delegacia por psicólogo, foram confirmadas quatro vítimas. A psicóloga Vanessa Machado que atendeu as crianças na delegacia relatou que todas as vítimas não conseguiam se expressar direito e não viam a situação como abuso, já que o fonoaudiólogo tratava como uma ‘brincadeira’. 

Uma das mães de um menino de 4 anos, procurou a delegacia na manhã de ontem (16), após saber sobre as denúncias de abusos cometidas pelo fonoaudiólogo. Ela ainda em choque contou ao Jornal Midiamax que o filho estava desconfortável desde a última sessão quando saiu chorando do consultório. 

Outra vítima de 5 anos disse que o fonoaudiólogo mandava ele deitar na maca e passava as mãos nele. Com esta criança, a delegada disse que o autor teria sido mais agressivo. Ele vai responder por estupro de vulnerável individualmente por cada vítima e as penas vão de 5 a 8 anos.

No fim da tarde do dia 9 de março, o fonoaudiólogo foi preso em flagrante em Campo Grande, por estupro de vulnerável no Centro de Campo Grande. Ele foi encaminhado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).



Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.
  • Mãe

    Mãe

    Verme que só faz peso na terra