Professores aprovam e greve na UFGD chega ao fim nesta semana
A decisão dos docentes de voltar às aulas vale para instituições federais de ensino de todo o país
A greve dos docentes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) deverá chegar ao fim até a próxima sexta-feira (16). Anteontem (9) o Comando Nacional de Greve informou que o movimento de abrangência nacional aprovou em assembleia a saída unificada da greve entre os dias 13 e 16 deste mês.
O movimento grevista que atinge instituições federais de ensino de todo o país teve início no dia 28 de maio. “A greve, que já ultrapassou os 131 dias, é a mais longa da história das instituições”, informou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN.
A UFGD foi uma das instituições que aderiram à paralisação. Além dos educadores, servidores administrativos também optaram por deflagrar greve, o que teve reflexos no HU (Hospital Universitário), vinculado à universidade federal. Até mesmo os estudantes deram corpo à mobilização e deflagraram uma greve estudantil.
De todas as greves que deixaram a UFGD parada por mais de quatro meses, a primeira a ter fim foi dos universitários. A classe dos estudantes definiu em assembleia no dia 2 deste mês encerrar a greve estudantil que chegou a 124 dias. Mas esta resolução não trouxe mudanças efetivas no quadro, já que até o calendário acadêmico havia sido suspenso.
No dia 6 deste mês foi a vez dos servidores administrativos decidirem pelo fim da greve. Também organizados em âmbito nacional, deliberaram por retomar os trabalhos a partir desta terça-feira (13), após acordo com o governo federal, a quem reivindicavam melhorias salariais, dentre outros avanços.
Com a recente decisão dos docentes, que aprovaram a saída unificada da greve entre terça e sexta-feira desta semana, a expectativa é que as aulas sejam reiniciadas imediatamente. Por ter sido suspenso, o calendário acadêmico deverá se estender por prazo ainda indefinido para que as aulas perdidas nestes 131 dias sejam repostas.
Ao contrário dos servidores administrativos, os docentes ainda não chegaram a um acordo com o governo federal sobre as reivindicações feitas desde antes da greve. As negociações continuarão.