'Mulas' do tráfico são presas em hotel
Prisões de duas jovens ocorreram em ação conjunta da Agência Local de Inteligência e Grupo Especializado Tático Motorizado
Duas mulheres foram presas em Dourados nesta segunda-feira (16) suspeitas de atuarem como "mulas" do tráfico de drogas. Esse termo é empregado às pessoas contratadas por traficantes para transportar pequenas quantidades de entorpecentes. As prisões ocorreram durante ação conjunta entre a Agência Local de Inteligência e o Getam (Grupo Especializado Tático Motorizado).
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Conforme a Assessoria de Comunicação Social do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar), de Kamilla Maria de Moura Floriano, de 20 anos, e Danielle Ferreira dos Anjos, de 18, ambas moradoras em Campo Verde, Mato Grosso, foram flagradas com 22 tabletes de maconha nesta manhã.
Os policiais apuravam denúncia de que as duas mulheres suspeitas de tráfico de drogas estariam hospedadas em um hotel na Rua Hayel Bom Faker. Equipe do Getam foi ao local e localizou duas bolsas com os entorpecentes durante vistoria ao apartamento.
Segundo a PM, 13 tabletes de maconha - totalizaram 17 quilos - estavam numa bolsa pertencente a Kamilla e outros nove tabletes - mais nove quilos da droga - com Deniele."As acusadas acabaram relatando aos policiais que vieram do Mato Grosso, contratadas por uma pessoa que conheciam apenas como 'Bruno' para pegar a droga em Ponta Porã e levá-la até a cidade de Mineiros/GO, recebendo 2 mil reais cada pelo serviço de 'mula'", detalha o 3º BPM, que encaminhou essa ocorrência ao 1º DP (Distrito Policial), onde as duas foram autuadas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.
TONELADAS
Ainda de acordo com o 3º BPM, fiscalizações contínuas em Dourados e região já resultaram na apreensão de 10 tonelada de drogas este ano. Somente a Guarda Municipal foi responsável pelo flagrante de mais de uma tonelada de entorpecentes, sobretudo em abordagens a ônibus que passam pelo Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares.
"O 'modus operandi' desse tipo de crime é sempre o mesmo: as 'mulas' são contratadas por telefone, pegam a droga na fronteira e levam para outros destinos, normalmente fora do estado, com a promessa de receberem sempre quantias entre 500 e 2 mil reais pelo transporte", detalha a PM. "A forma mais comum de transporte das 'mulas' ainda são os ônibus que saem da fronteira", acrescenta a corporação.