Estado Islâmico mantém duas mil mulheres e crianças reféns no Iraque
Mais de duas mil mulheres e crianças estão sendo mantidos como reféns no Iraque por jihadistas do Estado Islâmico, informou nesta segunda-feira a pela Missão das Nações Unidas no país, que acredita que o número real pode ser muito maior. Somente em agosto, 1.420 pessoas foram mortas e 1.370 ficaram feridas em combates e outros atos violentos e terroristas no Iraque, de acordo com dados da ONU. O número de deslocados chega a 600 mil.
- Algumas mulheres sequestradas conseguiram fazer contato com a Missão e relataram que o Estado islâmico retirou seus filhos e que as mulheres são dadas vendidas ou escravizadas por se recusarem a converter (ao Islã) - indicou a coordenadora dos especialistas e grupos de trabalho de direitos humanos da ONU, Chaloka Beyani.
Em uma sessão de emergência do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o Iraque, também foi denunciado o recrutamento forçado de crianças pelo grupo extremista, que as envia para os confrontos para servir como escudos de combatentes adultos.
- Apenas em agosto, a ONU estima que 600 mil pessoas foram deslocadas e milhares continuam a serem mortas pelo Estado Islâmico e outros grupos aliados por razões de etnia e religião - denunciou o representante da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov.
As Nações Unidas voltaram a classificar as ações do Estado Islâmico, incluindo assassinatos, execuções, conversões forçadas, rapto, violência sexual e tortura de crimes contra a humanidade.
A responsável adjunta do Alto Comissariado dos Direitos Humanos, Flavia Pansieri, indicou que também têm informações sobre violações de direitos humanos "que podem constituir crimes de guerra" por parte das forças de segurança iraquianas e grupos armados que se opõem aos jihadistas.