Presídio feminino recebe doação da Receita Federal para ações de assistência e ressocialização

  • Assessoria/Agepen
Agasalhos, mantas e produtos de beleza foram entregues à unidade feminina (Foto: Tatyane Santinoni/Divulgação/Agepen)
Agasalhos, mantas e produtos de beleza foram entregues à unidade feminina (Foto: Tatyane Santinoni/Divulgação/Agepen)

Materiais apreendidos pela Receita Federal estão tendo uma destinação que contribuirá para a melhor assistência e reintegração social de mulheres em situação de prisão na capital de Mato Grosso do Sul. Uma doação foi feita pela Receita Federal para o EPFIIZ (Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”), envolvendo agasalhos, cobertores, calçados, entre outros itens.

A entrega foi feita na quarta-feira (3) pelo delegado Regional da Receita Federal, Clóvis Ribeiro Cintra Neto, acompanhado por seu adjunto, Zumilson Custódio da Silva, ao diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Rodrigo Rossi Maiorchini, e à diretora do presídio, Mari Jane Boleti Carrilho.

Além de itens de inverno, a unidade prisional recebeu a doação de produtos de higiene, beleza e lingeries que serão utilizados em ações de ressocialização de promoção social desenvolvidas pelo Setor Psicossocial do EPFIIZ.

Outra parte da doação envolveu brinquedos pedagógicos e foi destinada à creche do estabelecimento penal, onde são atendidos bebês que ainda precisam estar com suas mães custodiadas na unidade. Para o alojamento de gestantes e mães com bebês, foram doados novos ventiladores.

“Hoje eu recebi uma manta, um casaco e um brinquedo. Essas doações representam amor, gratidão e faz a gente se sentir mais gente”, agradeceu a interna M.D.S, 30 anos, uma das contempladas, que ainda está com sua bebê no local. “É uma alegria poder acobertar do frio, ainda mais quando nossos familiares não estão presentes, pois são através de vocês que a gente tem uma oportunidade de sentir confiança aqui no sistema, agradeço por todas as coisas boas que fazem conosco”, complementou a reeducanda A. G. N. A, de 25 anos.

De acordo com o delegado da Receita Federal, as mercadorias são resultado de apreensões feitas pela instituição e por órgãos de segurança, municipais, estaduais e federais, que têm como destinação ações filantrópicas. “Isso que estão recebendo é um pouco daquilo que a Receita Federal, no seu papel social, busca contribuir para a ressocialização”, ressaltou.

O delegado explicou que a destinação dos produtos é dada somente depois da conclusão dos processos. “Há toda tramitação, com direito de defesa do dono das mercadorias, e só depois de concluído que damos destino a elas. Nesse caso, grande quantidade de roupas e artigos de higiene pessoal”, acrescentou. Essa foi a quinta vez que o dirigente participa de ações na unidade prisional.

Para a direção do EPFIIZ, essas doações são de suma importância para o trabalho com as internas, durante a execução penal e em políticas de reinserção e valorização das mulheres privadas de liberdade. “Isso contribui muito para amenizar o cumprimento da pena, são materiais importantes e de uso recorrente na rotina das internas, melhorando a autoestima, a saúde mental e a higiene pessoal”, afirmou a diretora Mari Jane, reforçando também o grande apoio do delegado regional na realização constante de palestras motivacionais às internas, cultivando “a esperança de um futuro melhor”.

Em discurso, o diretor-presidente da Agepen enfatizou que a Receita Federal, tanto da capital quanto do interior, tem sido uma importante parceira e pontuou que, para que a ressocialização seja possível, é imprescindível o apoio da sociedade. “Poder fazer essa parceria significa muito para a Agepen, a caridade é uma forma de fazer o bem, e a Receita, na pessoa do dr. Clóvis, tem sido essencial neste sentido”, finalizou.

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