Unidade de saúde que deveria estar pronta há 3 anos e custou mais de R$ 1,5 milhão segue fechada

Administração municipal não consegue ativar o Pronto Atendimento Infantil, estrutura destinada para crianças

Prédio construído para atender crianças segue fechado enquanto a prefeitura não consegue ativar serviço de saú... (Sidnei Bronka (94FM))
Prédio construído para atender crianças segue fechado enquanto a prefeitura não consegue ativar serviço de saú... (Sidnei Bronka (94FM))

O prefeito Murilo Zauith (PSB) não consegue pôr em funcionamento uma unidade de saúde que deveria estar pronta há três anos e custou mais de R$ 1,5 milhão. Projetado para concentrar os serviços ambulatoriais especializados na área da Saúde da Criança, o PAI (Pronto Atendimento Infantil) é mais uma das obras públicas abandonadas em Dourados.

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Todo o recurso necessário para obra já foi depositado na conta da prefeitura. Além dos R$ 1.500.000,00 enviados pelo Ministério da Saúde através de emenda do então deputado federal Marçal Filho, o Convênio de número 753503 previa uma contrapartida de R$ 124.070,13 da administração municipal. Aparentemente o dinheiro foi aplicado, mas a população ainda não viu resultados.

Isso porque a gestão Zauith não consegue ativar o PAI e a enorme e cara obra pública localizada ao lado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) é apenas um prédio abandonado. Além de não funcionar, segue vazio e está cada vez mais tomado pelo mato.

Mas esse espaço deveria concentrar “os serviços ambulatoriais especializados na área da Saúde da Criança, dando suporte (referência) as atividades desenvolvidas pela Atenção Básica (70% cobertura ESF com 40 ESF mais 03 NASFs) e para os encaminhamentos, regulados e pactuados da macrorregião de Dourados”, conforme a justificativa apresentada pela prefeitura para celebrar o milionário convênio com o governo federal.

De acordo com essa mesma justificativa, o PAI deveria ser uma “unidade exclusiva para garantir atendimento às crianças e adolescente de forma integral e com qualidade”, com “consultas médicas especializadas, consultas de equipe multiprofissional, odontologia, fisioterapia, saúde mental e serviços (enfermagem, farmácia, vacina), além de espaço lúdico”.

Embora a placa afixada em frente ao prédio indique início das obras em junho de 2012 e término em fevereiro de 2013, a administração municipal não conseguiu cumprir qualquer cronograma previamente estabelecido. Mais de três anos após o prazo previsto para conclusão dos trabalhos, nenhuma criança é atendida no PAI, embora a última liberação de recursos do Ministério da Saúde tenha ocorrido no dia 3 de abril de 2012. A obra aparentemente concluída segue sem utilidade.

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