Natal em Lisboa?
Vamos aqui para a nossa viagem. O “elétrico” da manhã. Em português do Brasil diríamos bonde. Daquele estilo dos que existiram em São Paulo nos anos 50, antes que os carros surgissem e a poluição aumentasse e eles desaparecessem! Abram bem os olhos. Praça do comércio, centro desta Lisboa tão conhecida de nome. Em volta, prédios de dois andares além do térreo. Ela está de frente para o Rio Tejo que desagua logo logo no Oceano Atlântico. Ali, tudo chegava – porcelanas chinesas, especiarias indianas, pau Brasil... Foi reconstruida sob as ordens do Marques de Pombal após o terremoto de 1755 que a destruiu quase por completo.
A direção é a Torre de Belém, também monumento conhecido, ponto de partida dos navegadores no século de ouro português. O motorista do “elétrico” deve esperar que o que deixou seu carro sobre os trilhos, atrapalhando e impedindo o bonde de passar, o retire! Mais adiante, a rua do Arsenal dá continuidade a da Alfândega. Não posso deixar de pensar nos personagens de Saramago vivendo e circulando pela cidade; no Fernando Pessoa, na Lídia Jorge...
No interior do bonde, com estrutura de madeira, está escrito “20 lugares sentados, 38 de pé”. Pegamos a avenida 24 de julho, o Cais do Sodré, o mercado – à direita, sob a ponte... Entre o velho é o novo, a hsitória e a modernidade.... Vamos descobrir, pouco a pouco, os pontos da cidade.
Bom final de semana e boas festas!
Mazé Torquato Chotil