Mercenário de Putin conhecido como 'O Carrasco' é morto por sniper ucraniano, dizem fontes russas
Um dos mais famosos mercenários contratados pelo presidente Vladmir Putin e conhecido como "O Carrasco" ou "O Executor", foi morto por um franco-atirador ucraniano, disseram fontes russas citadas pelo "Sun", que acompanha o conflito no território da Ucrânia.
Vladimir Andonov, de 44 anos, era parte do notório Grupo Wagner de mercenários, teria se envolvido na execução de prisioneiros de guerra ucranianos em Logvinovo durante os combates na região de Donbas (Ucrânia) em 2014. Ele também era acusado da matança de civis.
Acredita-se que Andonov, que era nascido na região da Buriácia, no Extremo Oriente da Rússia, perto da frinteira com a Mongólia, foi morto a tiros disparados por um sniper na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, uma das que registram combates mais intensos desde o início da guerra, no fim de fevereiro.
O Grupo Wagner é uma empresa militar privada leal a Putin que esteve envolvida em várias missões sangrentas ao redor do mundo, incluindo Líbia e Síria, de acordo com fontes de inteligência.
A morte de Andonov foi primeiramente relatada pelo jornal russo "Moskovsky Komsomolets":
"A morte na Ucrânia de Vladimir Andonov, mais conhecido como Vaha, tornou-se conhecida. Ele morreu ontem (domingo) à noite durante o reconhecimento de uma área junto com um companheiro."
De acordo com um canal militar no Telegram, Andonov foi morto ao lado do companheiro de combate Bair Mitupov, também originário da Buriácia.
Pela participação no conflito em Donbas, Andonov recebeu medalha por "Mérito em Combate". O seu nome estava na lista de russos criminosos de guerra apontados pela Ucrânia.
"Estive em Donbas em setembro de 2014, como voluntário. Fui instigado pelos acontecimentos de 2 de maio em Odessa, onde pessoas foram queimadas vivas", comentou Andonov em entrevista à "Gazeta Nomer Odin" em 2017.
Andonov se alistou ao Exército russo em 1997, tornando-se combatente independente depois do seu período na caserna, particpando de várias missões no exterior. Em 2016, ele voltou para casa e se tornou instrutor da aliança conhecida como Combat Brotherhood, que realiza exercícios militares em ex-repúblicas soviéticas, como Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão.