Mãe é julgada por matar oito recém-nascidos na França

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Dominique Cottrez se emociona no julgamento (PHILIPPE HUGUEN/AFP)
Dominique Cottrez se emociona no julgamento (PHILIPPE HUGUEN/AFP)

O julgamento de uma mulher acusada de ter matado oito de seus filhos ao longo de 20 anos teve início nesta quinta-feira no tribunal de Douai (norte da França), aonde ela compareceu chorando.

Dominique Cottrez, ex-assistente de enfermagem de 51 anos, admitiu ter matado seus bebês a partir de 1989. Os crimes foram cometidos sem que sua família soubesse sequer que ela tinha ficado grávida.

O caso foi descoberto em 2010 quando o novo proprietário da casa que havia sido dos pais de Dominique Cottrez encontrou dois corpos de recém-nascidos enterrados no jardim.

A mulher confessou à polícia que guarda em casa outros corpos de seus filhos, estrangulados ao nascer, mas não sabia dizer quantos ao todo. No local, foram encontrados outros seis cadáveres.

A justiça questionou se era possível que seu marido e suas duas filhas pudessem ignorar os assassinatos, já que os corpos chegaram a ser guardados em cestos de roupa suja, armários e na garagem da casa.

A questão acabou sendo abandonada ante as alegações de que a obesidade mórbida da mulher facilitou a ocultação das gestações.

Em suas declarações, Dominique Cottrez evocou o medo de que os bebês fossem filhos de seu próprio pai, com quem teve uma relação incestuosa até sua morte em 2007.

Os exames revelaram, no entanto, que todos os bebês eram filhos de seu marido.

O processo gira em torno do que leva uma mãe a matar o filho ao qual acaba de dar à luz e os especialistas parecem unânimes a destacar os problemas psicológicos da acusada. O advogado de defesa alega "negação da gravidez".

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