Cão retido para quarentena gera comoção e campanha na Argentina: 'Libertem Coco'

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Gavidia celebra a liberação de Coco após quarentena sanitária (Foto: Reprodução)
Gavidia celebra a liberação de Coco após quarentena sanitária (Foto: Reprodução)

Uma batalhão de jornalistas e fotógrafos se reuniu na quinta-feira (2/6) nos arredores do aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires (Argentina). A chegada de um jogador famoso? Recepção a uma estrela do cinema? Não, apenas a liberação de Coco.

Ao desembarcar proveniente de Budapeste (Hungria), com escalas em Paris (França) e Bogotá (Colômbia), com o seu dono, em 24 de maio, o jogador argentino de handebol Franco Gavidia, Coco acabou retido. Estava com vacina antirrábica desatualizada. Precisou, então, fazer uma quarentena de dez dias. O que seria um assunto corriqueiro acabou atraindo grande atenção midiática. Nas redes sociais, explodiu a campanha "Libertem Coco".

Enfim, o dia chegou, pelas vias legais.

"Tenho Coco desde quando jogava em Gdansk, na Polônia. Pegueio-o da rua, na verdade um amigo o encontrou e me ofereceu... e não resistimos. A minha filha Francisca ficou apaixonada na hora e foi ela, em homenagem ao filme da Disney-Pixar, que o batizou", lembrou o jogador ao "Clarín".

"A viralização da notícia me pegou desprevenido, me derrubou, é algo que eu não esperava, faz notar que não estou na Argentina há muito tempo. As redes sociais com a hashtag #LiberenaCoco, além da presença da mídia, foram essenciais para que essa história se concretizasse, senão não sei o que teria acontecido", emendou o atleta de 30 anos.

Franco Gavidia
Franco Gavidia Foto: Reprodução/Instagram
Gavidia celebra a liberação de Coco após quarentena sanitária
Gavidia celebra a liberação de Coco após quarentena sanitária Foto: Reprodução

Inicialmente, agentes sanitários anunciaram que deportariam Coco para a Colômbia. Após muita negociação e muita pressão nas redes sociais, Gavidia conseguiu que o animal fosse vacinado e ficasse de quarentena.

"Os agentes tinham uma atitude pedante, uma soberba, um maltrato sem justificativa", lamentou.

Após ser liberado, Coco seguiu para Córdoba, onde Gavidia está com a família. O jogador decidiu voltar à Argentina por estar muito perto da Ucrânia, país invadido pela Rússia no fim de fevereiro.

"Estive sozinho na Hungria, ele era a única coisa que eu tinha, passei o tempo todo conversando com Coquito. É minha família, já faz parte da minha vida. você pode imaginar como me senti em Ezeiza quando me disseram que ele tinha que ser deportado. Foi muito difícil e tedioso ter que vir aqui, vê-lo preso e ter que me despedir dele, mas é isso, esse pesadelo acabou e aqui estou com a minha alma gêmea", celebrou Gavidia.


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