Trabalhadores reclamam das longas filas e falta de senhas no CIAT

  • Karina Veríssimo
Trabalhadores reclamam das longas filas e falta de senhas no CIAT

Quem precisa dar entrada no seguro-desemprego ou utilizar os serviços do Ciat (Centro Integrado de Atendimento ao Trabalhador) em Dourados vem enfrentando longas filas e muita dor de cabeça neste mês de janeiro. O número de pessoas desempregadas tentando dar entrada no seguro desemprego é grande, mas há um limite diário no número de atendimentos, o que está causando indignação dos usuários. Tem gente que para conseguir ser atendido chega na noite anterior e passa a noite toda no meio da rua para pegar uma das 40 senhas disponibilizadas.

A reportagem da 94 FM recebeu a solicitação da leitora Cristiane para entender os motivos de tamanha fila. “É um absurdo ter que acordar de madrugada. Acordei às  03h para dar entrada no seguro desemprego e quando cheguei, descobri que não tinha mais vaga, pois são entregues somente 40 senhas. O mais me deixou indignada foi saber que a primeira pessoa chegou meia noite”, escreveu Cristiane revoltada.

A reportagem procurou o Secretário De Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Dourados, Wladimir Santos da Silva, que explicou que esta situação é temporal, tendo em vista que o sistema passa por manutenção e aprimoramento. “O sistema ao qual trabalhamos nem é municipal. Trabalhamos com o sistema estadual da Funtrab, ligado ao sistema nacional. Portanto, se houver qualquer problema no sistema, nós não temos como operar. Por exemplo, se o sistema da Caixa Econômica ou do INSS caírem, acontece a mesma coisa conosco”, explicou o secretário.

Wladimir Silva disse ainda que um dos problemas enfrentados pelo Ciat é a questão da demanda da região. “Está tendo muita procura das cidades vizinhas, como Amambai, Caarapó, Jateí, Fátima do Sul para dar entrada no seguro desemprego aqui em Dourados, para não terem que passar pela triagem de oferta de emprego. Por determinação nacional, não podemos restringir o atendimento somente ao município”, disse.

Há funcionários específicos e habiliatados para trabalharem neste setor. "Nem todos podem fazer essa tarefa, pois trabalham com informações sigilosas", relatou Wladimir.

Outro fato que Wladimir considera importante para as enormes filas é a alteração na lei que dispõe sobre os direitos dos trabalhadores, divulgado pelo Governo Federal. “Vai haver alteração, mas quem já deu baixa na carteira, tem direito adquirido, isso não muda. Após dar baixa na carteira, o trabalhador tem até 120 dias para dar entrada no seguro desemprego”, concluiu o secretário que garantiu que até o final de janeiro a situação já estará normalizada.

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