Há seis ocasiões em que você não deve ser amiga do seu ex, diz psicóloga

Me “encontrando” com Fátima Bernardes no programa 'Encontro com Fátima Bernardes', pouco antes de ouvir Garotas Suecas tocando, uma garota da plateia teve coragem de assumir o seu desequilíbrio diante de um ex. “Num mesmo ambiente fico toda artificial, não consigo fingir que nada está acontecendo”, confessou corajosa, “faço terapia”. Será que todos nós precisamos de terapia para lidar com ex? Afinal, o que fazer com aquela pilha de tranqueiras que ficaram no canto da sua sala?
O mais interessante, entretanto, foi quando o programa foi às ruas para ouvir a opinião da galera. Afinal, qual a melhor postura? Sem manual para o amor e de coração aberto, foi um pouco deprimente perceber que o grau de apego e confusão crescia com a idade dos entrevistados. Enquanto os jovens se mostraram mais equilibrados, maduros, respeitosos, civilizados e cabeça-aberta diante do fim de um relacionamento, os mais velhos demonstraram o oposto! Wtf?
Mas mesmo nas relações mais exemplares entre ex-namorados, eu sempre desconfiei que, às vezes, há realmente alguma uma coisa ali que não combina com tanta força de vontade e consciência. E a Ph.D em psicologia Andrea Bonior, autora do livro The Friendship Fix confirma isso com suas seis ocasiões para não ser amigo do seu ex.
1) Quando um quer amizade e o outro só está usando o rompimento. Quando este for o caso, a dor da separação é prolongada e nauseante. Você tenta se convencer de que ele quer verdadeiramente ser teu amigo, porém o cara ainda acredita que tudo faz parte de um jogo maior — portanto pode se safar se esforçar o suficiente. Esse exercício é pior que a própria separação, e pode durar semanas e meses. Basta dizer não.
2) Você nunca teve base para uma amizade em primeiro lugar. Relacionamentos românticos que você raramente tinha algo em comum além da atração sexual, ou porque vocês nunca conseguiram se comunicar abertamente sem gritar um com o outro, não vão se transformar em grandes amizades da noite para o dia (ou seja, quando o sexo sai de cena). PARE de brincar com você mesmo: havia mesmo uma amizade verdadeira que valha a pena ser salva? Bonior desafia as pessoas a manter em uma relação sexual sem qualquer envolvimento. “Me escreva se isso funcionar, pois você será o primeiro”, comenta.
3) Ausência de respeito mútuo. Talvez o seu relacionamento nunca foi particularmente respeitoso, ou talvez durante a décima oitava discussão aos gritos ou silêncio desértico, o respeito que vocês tinham um pelo outro se desvaneceu como fumaça, desapareceu como a erosão das dunas de areia promovidas pelos ventos da mudança. “Como você poderia reconstruir ou mesmo fingir esse respeito? E por que alguém iria querer isso pra si mesmo?”, questiona a psicóloga.
4) Houve abuso durante o relacionamento. Os critérios mais básicos para embarcar em qualquer amizade, mesmo com romance e sexo completamente fora da equação, é a capacidade de confiar que vocês não vão machucar deliberadamente um ao outro. Quando você teve um relacionamento romântico abusivo, não pode simplesmente acreditar que a pessoa vai realmente começar a tratá-la direito quando vocês forem "apenas amigos". Na verdade, pode ser uma situação muito perigosa, pois o agressor usa a amizade para manter seu controle contínuo ou maus-tratos. “Se precisar de ajuda para suportar isso, mesmo que você tenha tomado a decisão de sair, vale a pena considerar o apoio profissional”, recomenda Andrea.
5) Um ou ambos são extremamente ciumentos ou possessivos. Esta é a grande realidade que torna a amizade saudável após o fim do namoro tão difícil de acontecer, pelo menos por uns bons meses ou anos. Você realmente ficaria numa boa com um indivíduo que achava que era “o cara” vibrando enquanto fala de uma nova amiga do trabalho? Pra quê se colocar nessa situação? “Seria mais confortável pensar que você é a pessoa que deve começar um novo relacionamento que está começando a ficar sério”, sugere Boinor.
6) Não deu tempo e espaço para o relacionamento morrer naturalmente. Mesmo se você tiver a sensação de que vocês podem passar a ser amigos ao longo da vida — talvez tudo já tenha começado assim, e você só terminou porque sabia que a amizade era muito melhor. Que tal um pouco de tempo e espaço para voltar para a sua plena independência? Caso contrário, sua amizade vai será muito reativa e manchada pelas nuances de seu romance fracassado. Todas as várias emoções que estão sendo executadas pelo seu corpo nas primeiras semanas depois de um rompimento vão criar um clima mais estável para construir uma amizade. Antes que de decidir se uma conexão platônica é o ideal para você, conclui a psicóloga, você tem que voltar a pensar como um indivíduo, em vez de metade de um casal.
PS: A propósito, o e-mail da psicóloga é [email protected]