Comerciantes fecham as portas e fazem protesto por mais segurança em MS

Cerca de 300 pessoas, entre comerciantes, moradores e taxistas protestam na manhã de hoje (15), na avenida Brasil, em Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai. Com 70% do comércio fechado, segundo a estimativa da ACEPP (Associação Comercial e Empresarial), o protesto é por segurança e acontece enquanto representantes da cidade se reúnem, em Campo Grande, com o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini. O comércio fechou às 8h30 e só vai abrir às 10h.
A avenida, entre a rua Tiradentes e a 7 de Setembro, em frente a Associação Comercial, está interditada pelos manifestantes que, juntos, esperam que alguma coisa seja feita para amenizar a onda de criminalidade na cidade. Na maioria das lojas há um cartaz dizendo: “Fechado por mais segurança”.
Para a ACEPP, fechar as portas será uma ação de apoio à sociedade civil organizada do município fronteiriço, além de um ato de protesto contra casos recorrentes de violência na cidade.
O presidente da ACEPP, Eduardo Gauna, que está na Capital reúnido com o secretário, reclama da falta de policiais e o elevado número de assaltos na área central. Segundo ele, há comerciantes que já foram assaltados quatro vezes na mesma semana. A situação piorou com o afastamento dos homens da Força Nacional, que se concentraram nas ações relacionadas a Copa do Mundo e ao encontro dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), realizado nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza.
O problema na região já foi alvo de manifestões tanto do secretário Wantuir Jacini quanto do governador André Puccinellii, que anunciou em sua página do Facebook a realização de operações na região para coibir a violência.