Cerca de 40% da população mundial não tem acesso a serviços públicos de saúde, diz OIT

O pagamento individual pelo atendimento médico privado leva ao profundo empobrecimento da população, afetando especialmente as camadas mais pobres.
Cerca de 80% da população espalhada em 44 países vive sem proteção de saúde, sendo privada do direito a esses serviços porque não pode pagar pelos mesmos, afirma o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lidando com a Crise de Saúde Global: Políticas Universais de Proteção da Saúde, lançado na terça-feira (9).
No total, cerca de 40% da população global não tem acesso a serviços de saúde. Estes índices atingem especialmente a África e a Ásia, em países como Guiné, Índia, Burkina Faso e Serra Leoa.
Esta ausência está concentrada principalmente nas áreas rurais, onde 56% da população mundial não tem proteção de saúde – enquanto o índice é de 22% nas regiões urbanas.
No entanto, a proteção de saúde universal é essencial na luta contra a pobreza, na redução da desigualdade e no estímulo ao crescimento econômico, afirma o diretor-geral da OIT, Guy Ryder: “estas conexões s não podem ser ignorados na elaboração de políticas”, disse.
O pagamento individual pelo atendimento médico privado leva ao profundo empobrecimento da população, afetando especialmente as camadas mais pobres.
Por isso, o investimento em sistemas de saúde leva ao crescimento econômico sustentável e ao aumento da produtividade e do bem estar da população.