PF prende suspeitos por tráfico internacional de drogas
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (21) a 'Operação Minotauro' com o objetivo de desarticular organizações criminosas envolvidas em esquemas de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando de armas de fogo de uso restrito. A ação da PF acontece nos estados de Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
Até o momento já foram cumpridos dez mandados de prisão e a PF já apreendeu duas caminhonetes S-10, um Jeta, uma Land Rover, um Gol, uma Hilux, um Ônix e uma motocicleta Honda Hornet CB600, que juntos perfazem o valor de aproximadamente R$ 500 mil. Os presos, após os indiciamentos e interrogatórios, serão apresentados a Justiça Federal para audiência de custódia e em seguida serão submetidos a exame de corpo de delito e encaminhados para o Centro de Observação e Triagem (Cotel).
Desde a madrugada desta quarta, 130 policiais federais, 43 em Pernambuco, estão nas ruas para cumprimento de 12 mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão, distribuídos entre os cinco estados. São três mandados de prisão em Pernambuco, cinco no Paraná, um na Paraíba e no um Mato Grosso do Sul, além de dois na Bahia. Dois suspeitos ainda estão foragidos.
As investigações da Polícia Federal se iniciaram em 2015, com a identificação de remessa de 1.257kg de maconha de origem paraguaia para Pernambuco. A droga era remetida pela organização criminosa estabelecida no Paraná. A PF informou que a troca do fornecimento das drogas e armas de fogo era feita mediante pagamento em espécie, depósitos bancários e, inclusive, doação de automóveis como pagamento. Isso justifica os mandados de busca e apreensão expedidos para alguns veículos identificados nessas condições, ainda que já estejam na posse de terceiro.
Durante as investigações iniciais foram apreendidas aproximadamente 4 toneladas de drogas das organizações criminosas investigadas. As apreensões ocorreram nos estados de Minas Gerais, em setembro de 2015, em Alagoas em novembro 2015, Pernambuco em março de 2016 e no Paraná, em maio deste ano.
A PF já calcula um prejuízo avaliado em R$ 5 milhões. Caso indicados, os integrantes da quadrilha responderão por associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e por constituir/integrar organização criminosa. Penas que se somadas, em caso de condenação, podem chegar a 65 anos de reclusão.