MPE assume maior parte da investigação da Lama Asfaltica

Procurador Humberto Brites calcula que 80% dos casos de fraudes serão apurados por sete promotores

  • Correio do Estado
Procurador-geral de Justiça, Humberto Brites (Reprodução)
Procurador-geral de Justiça, Humberto Brites (Reprodução)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) vai atuar em ao menos 80% da investigação da operação Lama Asfáltica, informou ontem o procurador-geral de Justiça, Humberto Brites.

A operação, detonada mês passado, foi tocada até agora pela Polícia Federal (PF), Receita Federal (RF), Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF), e implica ao menos 40 pessoas, entre as quais políticos, empreiteiros e servidores públicos.

A investida policial revelou que em Campo Grande havia uma organização criminosa que fraudava licitações públicas, superfaturava obras e corrompia servidores públicos.

A PF, CGU, RF e MPF entraram no caso porque a quadrilha supostamente chefiada pelo empreiteiro João Amorim, dono da Proteco, pivô do esquema, teria arrecadado de maneira fraudulenta recursos federais. Pelo investigado até agora, de R$ 45 milhões, investidos em pavimentação asfáltica, R$ 11 milhões foram desviados pelo bando.

De acordo com o inquérito da PF, os R$ 45 milhões são apenas parte de um empréstimo de R$ 1,5 bilhão feito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, instituição federal.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.