Caça da Força Aérea dispara contra avião suspeito e força pouso na fronteira de MS
Ação ocorreu durante a Operação Ostium, que consiste no reforço na vigilância do espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou no final da manhã desta terça-feira (25) ter disparado contra uma aeronave suspeita em Mato Grosso do Sul. A ação desencadeada por um avião de caça A-29 Super Tucano provocou o pouso forçado do bimotor Baron em um lago no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense. Um helicóptero H-60 Black Haw foi empregado na operação de busca.
Para da Operação Ostium, que consiste no reforço na vigilância do espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil, essa ação ocorreu 150 quilômetros ao norte de Corumbá, próximo à fronteira com a Bolívia. Três caças A-29 Super Tucano participaram da interceptação, conforme os militares.
“Durante a interceptação do bimotor Baron, foram adotadas as medidas de policiamento do espaço aéreo, que não foram respeitadas. Por isso, o A-29 teve de realizar o tiro de detenção, provocando o pouso forçado do avião em um lago no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense”, detalha a FAB, que diz também ter empregado a aeronave radar E-99 nas ações.
“Além disso, militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o PARA-SAR, também estão engajados na missão”, acrescenta, destacando que “a ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a FAB, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública”.
Realizada desde o início de 2017 pela Força Aérea Brasileira, a Operação Ostium tem como objetivo coibir voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico. “Em um primeiro momento, em março deste ano, houve o deslocamento de estruturas compostas por radares e/ou aeronaves para a região de fronteira com Paraguai, Argentina e Bolívia”, detalham os militares.
Na fase já encerrada da operação a FAB atuou em Chapecó, Santa Catarina, Cascavel e Foz do Iguaçu, no Paraná, e nos municípios sul-mato-grossenses de Corumbá, Dourados e Campo Grande. “O resultado foi uma média de quatro interceptações de aviões irregulares por dia, apenas nessas regiões”, esclarece a Força Aérea Brasileira.