Nelsinho Piquet, que admitiu armação em 2008, detona corrupção no Brasil
Recentemente campeão da Fórmula E, nova categoria criada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), o piloto brasileiro Nelsinho Piquet anda chateado com o tratamento que a mídia nacional trata seu desempenho nas pistas. Em entrevista ao jornal Lance!, nesta terça-feira (18), ele criticou fortemente o governo brasileiro, quando questionado se já recebeu patrocínio governamental.
“Nunca quis me meter com coisa governamental, é tudo corrupto. O mundo inteiro zoa o Brasil, qualquer notícia o mundo zoa. Lógico que companheiros e o pessoal da equipe comentam sobre as notícias de corrupção. Em qualquer lugar todo mundo sabe que o Brasil é uma piada. O pessoal rouba dinheiro como se fosse bala. É o Brasil, infelizmente”, declarou o piloto, que admitiu ter aceitado bater de propósito no GP de Cingapura, em 2008, quando corria pela Renault na Fórmula 1.
Na publicação, ele também detonou a imprensa do Brasil de uma forma geral, dizendo que só se valoriza o campeão, e nunca um trabalho de longo prazo: “(O título) Foi bom para mostrar minha capacidade, fazia tempo que não tinha oportunidade de mostrar isso. Participei de categorias complicadas, com pilotos experientes. Foi bom para mostrar para chefe de equipe, patrocinadores… A mídia no Brasil só mete o pau, ou só lembra de você quando ganha. É diferente de todos os lugares do mundo onde corri”, disparou o filho do tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet.
Nesse assunto corrupção e “lado B” da Fórmula 1, ele aproveitou e “atirou” sobre Flávio Briatore, mandatário da Renault, equipe em que correu em 2008 e 2009 na categoria. “Não tem o que falar, não tem o que pensar. Todo mundo sabe o que ele é. Vai ser preso agora por não pagar imposto, todo mundo sabe o que ele é. Ele é um nada, um cara com ego gigante. Em algum ponto, ele deve ter sido bom empresário. Se ele está onde está, é porque fez alguma coisa”, afirmou Nelsinho Piquet ao diário esportivo.