Brasil joga mal, mas arranca empate com desfalcada Argentina em Buenos Aires

Em clássico adiado por conta de tempestade, time de Tata Martino domina o primeiro tempo em Buenos Aires, sai na frente com Lavezzi, mas gol de Lucas Lima evita a derrota da Seleçã...

O jogador Lucas Lima do Brasil comemora gol durante a partida desta sexta-feira (13) (Rafael Ribeiro / CBF)
O jogador Lucas Lima do Brasil comemora gol durante a partida desta sexta-feira (13) (Rafael Ribeiro / CBF)

Nem com Neymar de volta após cumprir quatro jogos de suspensão, o Brasil soube tirar proveito dos cinco desfalques que a Argentina teve nessa sexta-feira (13) no Monumental de Nuñez e não passou de um empate por 1 a 1. Com o resultado em Buenos Aires, a seleção continua sem vencer fora de casa nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Em dois jogos, são uma derrota - na abertura caiu diante do Chile em Santiago - e um empate.

Passadas três rodadas, o Brasil soma quatro pontos, em quinto lugar nas Eliminatórias da Copa. O time volta a campo na terça-feira (17), quando recebe o Peru em Salvador, e não terá o zagueiro David Luiz, expulso no fim do jogo desta sexta-feira (13) por jogada perigosa. Já a Argentina, ainda sem vencer após três jogos, acumula apenas dois pontos.

A partida foi duríssima para o Brasil. A Argentina começou o jogo em um ritmo alucinante. Pelo lado esquerdo da defesa brasileira, Di María partiu para cima de Filipe Luís e David Luiz e, com apenas cinco minutos, já havia criado duas boas chances de abrir o placar. Acuado, o Brasil mal conseguia passar do meio de campo.

Depois de dez minutos de muita pressão, a seleção conseguiu deixar o jogo um pouco mais equilibrado, mas não o suficiente para levar perigo à Argentina. Faltava principalmente presença de ataque à equipe. Bem marcado, Neymar se via obrigado a buscar o jogo muito atrás. Cercado por dois ou três defensores, o craque não conseguia se aproximar da área com a bola dominada.

Para piorar, Ricardo Oliveira praticamente não participava do jogo. O atacante ficou “encaixotado” entre os zagueiros e mal encostava na bola.

Outra novidade na escalação de Dunga, o meia Lucas Lima atuava muito mais como um defensor do que como armador das jogadas de ataque, função para qual foi colocado em campo na vaga de Oscar.

Como a Argentina não oferecia espaço para o contra-ataque, a seleção ficava sem alternativas. O Brasil era um time sem repertório. A equipe parecia jogar à espera de algum lance genial de Neymar capaz de desmontar a armada argentina.

Mas quem acabou fazendo uma jogada brilhante foi Di María. Aos 33 minutos, o argentino passou a bola entre as pernas de Lucas Lima e deu ótimo passe em profundidade para Higuaín nas costas da defesa brasileira. O atacante rolou para o meio da área e Lavezzi só teve o trabalho de empurrar para o gol.

Apesar da fraca atuação no primeiro tempo, Dunga não mexeu no time no intervalo. E o Brasil só não sofreu o segundo gol logo com um minuto porque foi salvo pela trave após o chute de Banega.

Com dez minutos, o treinador, então, resolveu dar mais velocidade ao ataque e trocou Ricardo Oliveira por Douglas Costa. O time melhorou e, três minutos depois, saiu o gol. Daniel Alves fez o cruzamento pela direita, Douglas Costa cabeceou na trave e, no rebote, Lucas Lima bateu de primeira para o fundo da rede.

O gol recolocou o Brasil no jogo. A entrada de Renato Augusto no lugar de Lucas Lima aos 18 minutos fez a seleção ganhar corpo no meio de campo. A Argentina, porém, continuava perigosa. Aos 32, por exemplo, Filipe Luís quase marcou contra depois do cruzamento de Rojo.

O Brasil passou aperto nos minutos finais. A situação ficou ainda mais delicada com a expulsão de David Luiz, que já tinha amarelo e depois deu uma entrada dura em Billa. Mas o time nacional conseguiu se segurar.

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