Alimentos do dia a dia estão mais caros e refletem efeito das chuvas no RS
Segundo o IBGE, as maiores cheias da história que foram registradas no Rio Grande do Sul no mês passado já começam a mostrar seus impactos na economia brasileira
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 0,46% em maio. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além da batata, os preços de outros alimentos muito comuns no dia a dia das famílias brasileiras também ficaram mais caros em maio. Os destaques, segundo o IBGE, ficam com a cebola, que teve alta de 7,94%, o leite longa vida, com avanço de 5,36%, e o café moído, com 3,42%.
A alta nos preços foi puxada, sobretudo, por um avanço no grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. Dentro do grupo, destaque para os tubérculos, raízes e legumes — principalmente a batata, que disparou 20,61% em um mês.Segundo o IBGE, as maiores cheias da história que foram registradas no Rio Grande do Sul no mês passado já começam a mostrar seus impactos na economia brasileira, contribuindo para o avanço da inflação. O peso da capital Porto Alegre na inflação brasileira é de 8,61%, segundo André Almeida, gerente da pesquisa, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.Em abril, os preços haviam subido 0,38%, o que mostra uma continuidade da aceleração da inflação brasileira. No ano, a inflação já acumula alta de 2,27%, enquanto em 12 meses, o indicador acumula avanço de 3,93%. Essa é a primeira vez desde outubro do ano passado que a inflação acumulada em 12 meses acelera em relação ao que foi registrado no mês anterior. Apesar da aceleração, a inflação continua dentro da meta do Banco Central do Brasil, que é de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.
O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,42% para a inflação em maio.