Moradores do Dioclécio Artuzi reclamam da falta de transporte escolar (com vídeo)
Estudantes precisam ir de bicicleta à escola. Para isso, pedalam mais de seis quilômetros todos os dias
O ano letivo de 2013 começou no último dia 06 de fevereiro, mas os alunos do bairro Dioclécio Artuzi em Dourados, estão tendo dificuldade para chegar à escola, devido a falta de transporte escolar.
Conforme a moradora Luciana Cristina Ferreira, mãe de cinco filhos, sendo três em idade escolar. Em novembro de 2012, quando as casas do bairro foram entregues à população, havia ônibus escolar para transportar os alunos, tanto durante a manhã quanto à tarde, mas no início das aulas em 2013 a condução não apareceu. Vale lembrar que no Dioclédio Artuzi não tem nenhuma escola, por isso existe a necessidade de enviar os alunos para outros bairros.
Ainda conforme Luciana, a escola mais próxima que ainda tem vagas disponíveis, fica a mais de três quilômetros, no bairro Izidro Pedroso. Ela explica que as crianças e jovens estão indo de bicicleta à escola, correndo risco de morte durante o trajeto, devido ao transito intenso, principalmente quando precisam atravessar a BR-163.
Uma das filhas de Luciana, uma adolescente de 14 anos, está com medo de ir à escola desde a última sexta-feira, quando quase foi atropelada por um caminhão, ao cruzar a BR-163. A jovem relatou que, para se livrar do pior teve que pular da bicicleta e os materiais escolares ficaram espalhados pelo chão.
Segundo informações dos moradores, eles procuraram a prefeitura, que informou não haver recursos financeiros para custear o transporte. Alegaram ainda, segundo os moradores, que dentro do perímetro urbano a prefeitura não tem a obrigação do transporte escolar gratuito.
Alternativa inviável
Ao se depararam com a falta de ônibus escolar, os país procuraram a empresa de transporte coletivo Medianeira, com o intuito de encontrar uma alternativa para resolver o problema.
Porém, segundo informaram os país dos alunos, a empresa alegou que não poderia transportar os alunos gratuitamente. O máximo que pode fazer pelos moradores é vender o passe aos alunos com um desconto de 50%.
Mesmo com o desconto, os país explicaram que gastariam pelo menos 75 reais por aluno, o que é inviável para a maioria, já que normalmente as famílias tem duas, três ou até quatro crianças em idade escolar, o que faria o custo o transporte chegar a R$ 300 mensais.
Confira o vídeo: