Marçal critica perda de recurso para asfaltar bairro

Dinheiro havia sido empenhado para garantir pavimentação na Vila Nova Esperança, mas projeto não saiu do papel.

Vereador Marçal explica para moradora que bairro perdeu recurso por inércia da prefeitura ((Foto: Divulgação))
Vereador Marçal explica para moradora que bairro perdeu recurso por inércia da prefeitura ((Foto: Divulgação))

Um bairro que já poderia estar todo asfaltado sofre com erosões que aumentam a cada chuva. A Vila Nova Esperança, localizada na entrada de Dourados, para quem chega pela avenida Marcelino Pires, tem pouco mais de duas décadas de existência e o tão desejado asfalto que os moradores aguardavam não saiu do papel por falhas da gestão passada da prefeitura. O dinheiro que chegou a ser depositado na conta da administração municipal voltou para os cofres do Governo Federal.

O vereador Marçal Filho (PSDB) lamenta a falta de compromisso com a população. “Para receber o recurso, o município firmou convênio junto ao Ministério da Integração Nacional. E foi a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) que depositou em novembro de 2015 pouco mais de R$ 1 milhão na conta da prefeitura, que deveria ter feito projeto básico da pavimentação, mas por inércia não realizou”, explica o vereador.

Quando exercia o mandato de deputado federal, Marçal Filho foi quem garantiu recursos para asfaltar a vila Nova Esperança. Ao todo foram destinados R$ 3,1 milhões que serviriam para pavimentar outros dois bairros, Altos do Indaiá e Jardim das Primaveras. Os recursos previam término da vigência em novembro de 2016, mas como a prefeitura não atendeu a regras de contrato, o dinheiro voltou para o Governo Federal.

“Tenho uma história com a vila Nova Esperança. Quando conheci o local, há alguns anos, constatei o estado crítico das ruas, muita poeira em tempo de sol e muita lama quando chovia. Prometi aos moradores trazer recursos para asfalto e cumpri quando deputado federal. Porém, a prefeitura que seria a responsável pelas obras não fez a sua parte, que seria o de criar o projeto de engenharia”, diz Marçal, que retornou ao bairro para conversar com os moradores.

A Rua Teodoro Capilé, a principal da vila, é uma das mais castigadas. A chuva das últimas semanas criou valetas, dificultando o tráfego de veículos. O caminhão de lixo deixou de percorrer vários trechos e a situação piora a cada dia, conforme explica a moradora Juliana do Nascimento. “A rua já esteve em condições melhores e ficou prejudicada depois que iniciaram obras de rede de esgoto. Agora temos dificuldade até de sair até de casa”, relata.

Para Marçal, a perda de recursos é uma de suas maiores frustrações, já que ele chegou a fazer reunião com os moradores para mostrar a nota de emprenho do dinheiro garantido. “Agora o que resta, primeiramente, é a prefeitura consertar as ruas para melhorar o tráfego, colocando cascalho. Mas deve também procurar deputados e senadores para recuperar o recurso perdido”, apontou como solução. Ele também chamou a atenção da Sanesul para recompor as ruas. A empresa de saneamento levou rede de esgoto para o local, mas deixou a desejar na hora de fechar as valetas abertas para executar as obras.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.