Governo suspende chamamento público de OS para gestão do Hospital Regional

Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados funcionava no prédio do antigo Hospital São Luiz (Foto: Divu... ()
Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados funcionava no prédio do antigo Hospital São Luiz (Foto: Divu... ()

O Governo de Mato Grosso do Sul comunicou na edição desta segunda-feira (8) do Diário Oficial do Estado a suspensão do Chamamento Público 001/2017, para seleção de Organização Social para gestão do Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados. As propostas de interessados em assumir a unidade, localizada no prédio do antigo Hospital São Luiz, deveriam ser apresentadas justamente hoje.

A publicação oficial não traz justificativas para o ato ser suspenso. No dia 9 de março deste ano, quando comunicou a abertura do procedimento, o Executivo estadual informou que as propostas poderiam ser protocoladas às 08h30 do dia 8 de maio, na Superintendência de Licitação, no Parque dos Poderes, Bloco I pavimento superior, na Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização, em Campo Grande.

Não há especificação de nova data para reabertura do chamamento público. No edital divulgado mês passado, o Governo do Estado estabeleceu que o valor máximo de despesas operacionais mensais seja de R$ 22.378,13 por leito, e R$ 716.100,00 total por mês. A intenção era que o contrato tivesse duração de 60 meses, com repasses anuais de R$ 8.593.200,00.

O montante serviria para o custeio com folha de pagamentos de funcionários, medicamentos, manutenção predial, serviços de manutenção de equipamentos médicos hospitalares com reposição e peças, lavanderia (materiais de consumo e lavanderia), ambulatório/consulta (800/mês), alimentação e descartáveis (pacientes, acompanhantes e funcionários), material médico cirúrgico (orteses e próteses), energia, água, esgoto, entre outros itens.

Ativado em dezembro de 2015 com investimento de R$ 1,2 milhão, o Hospital Regional de Cirurgias da Grande Dourados parou de atender menos de um ano depois, em novembro de 2016, após o fim do vínculo com o HE (Hospital Evangélico), entidade administrada pela Associação Beneficente Douradense que havia ficado responsável pelo corpo clínico e setor de RH (Recursos Humanos) da unidade.

Na ocasião, ao governo estadual coube a instalação de equipamentos, o pagamento de aluguel ao dono do prédio e a designação do médico oncologista David Infante Vieira para o cargo de diretor. À época, Vieira informou à 94FM que a Secretaria de Estado de Saúde projetava realizar 200 procedimentos por mês no hospital, idealizado para atender via SUS (Sistema Único de Saúde) pacientes dos 34 municípios da região - cuja população estimada é de 800 mil habitantes - com cirurgias eletivas vasculares, ortopédicas e urológicas.

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