Educadores em greve alegam falta de respostas e protestam na prefeitura (assista)
O primeiro dia da greve deflagrada nesta quinta-feira (23) pelos educadores de Dourados foi marcado por um protesto na prefeitura. Professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino criticam a falta de diálogo do prefeito Murilo Zauith (PSB), que além de não cumprir acordos firmados em 2014 deixa de dar respostas aos ofícios encaminhados com perguntas sobre a pauta da categoria.
Presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), Gleice Barbosa informa que além de não ter efetivado o pagamento de piso salarial dos professores para uma jornada de 20 horas e o reajuste para o grupo administrativo, Zauith sequer explica o motivo dessa falta de compromisso.
Segundo a líder sindical, já nesse primeiro dia o movimento grevista teve forte adesão da categoria. A paralisação afeta uma rede com 28 mil estudantes distribuídos em 40 escolas municipais e 35 centros de educação infantil, denominação dada às antigas creches. A greve é por tempo indeterminado.
Na quarta-feira (23), uma reunião na prefeitura era a esperança de que a greve pudesse ser descartada. Mas, segundo os educadores, o encontro mediado por vereadores serviu para a administração municipal repetir o usual argumento de falta de recursos.
Essa é a 4ª greve que Zauith enfrenta desde que assumiu a Prefeitura de Dourados, em 2011. Os educadores cruzaram os braços em 2013. Em seguida, foram duas novas paralisações em 2014, a maior delas de 17 de julho a 1º de agosto, ocasião em que o prefeito assumiu parte dos compromissos que agora deixa claro não ser capaz de cumprir.
O Simted informa que a prefeitura deve “a incorporação do Adicional de Incentivo ao Magistério Municipal, que deveria ter sido pago a partir de 1º de abril; o pagamento do percentual da diferença do Piso para 20 horas em outubro, negociado durante a greve de 2014 e previsto em lei desde então; e a reposição da inflação ao grupo administrativo, sem correção desde 2015, mesmo havendo a previsão constitucional”.
Um vídeo gravado por pessoas que foram ao protesto mostram educadores descontentes com o prefeito, a quem cobram. Assista: