Educadores em greve alegam falta de respostas e protestam na prefeitura (assista)

Protesto na prefeitura foi meio encontrado pelos educadores para serem ouvidos pelo prefeito (94FM)
Protesto na prefeitura foi meio encontrado pelos educadores para serem ouvidos pelo prefeito (94FM)

O primeiro dia da greve deflagrada nesta quinta-feira (23) pelos educadores de Dourados foi marcado por um protesto na prefeitura. Professores e servidores administrativos da rede municipal de ensino criticam a falta de diálogo do prefeito Murilo Zauith (PSB), que além de não cumprir acordos firmados em 2014 deixa de dar respostas aos ofícios encaminhados com perguntas sobre a pauta da categoria.

Presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), Gleice Barbosa informa que além de não ter efetivado o pagamento de piso salarial dos professores para uma jornada de 20 horas e o reajuste para o grupo administrativo, Zauith sequer explica o motivo dessa falta de compromisso.

Segundo a líder sindical, já nesse primeiro dia o movimento grevista teve forte adesão da categoria. A paralisação afeta uma rede com 28 mil estudantes distribuídos em 40 escolas municipais e 35 centros de educação infantil, denominação dada às antigas creches. A greve é por tempo indeterminado.

Na quarta-feira (23), uma reunião na prefeitura era a esperança de que a greve pudesse ser descartada. Mas, segundo os educadores, o encontro mediado por vereadores serviu para a administração municipal repetir o usual argumento de falta de recursos.

Essa é a 4ª greve que Zauith enfrenta desde que assumiu a Prefeitura de Dourados, em 2011. Os educadores cruzaram os braços em 2013. Em seguida, foram duas novas paralisações em 2014, a maior delas de 17 de julho a 1º de agosto, ocasião em que o prefeito assumiu parte dos compromissos que agora deixa claro não ser capaz de cumprir.

O Simted informa que a prefeitura deve “a incorporação do Adicional de Incentivo ao Magistério Municipal, que deveria ter sido pago a partir de 1º de abril; o pagamento do percentual da diferença do Piso para 20 horas em outubro, negociado durante a greve de 2014 e previsto em lei desde então; e a reposição da inflação ao grupo administrativo, sem correção desde 2015, mesmo havendo a previsão constitucional”.

Um vídeo gravado por pessoas que foram ao protesto mostram educadores descontentes com o prefeito, a quem cobram. Assista:

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