'Dourados precisa melhorar a eficiência nos postos de saúde', diz Marçal

Embora Câmara esteja em recesso, vereador segue trabalhando e cobra a contração de mais médicos.

Casal disse a Marçal que teve que recorrer a UPA por falta de médico em posto. ((Foto: Divulgação))
Casal disse a Marçal que teve que recorrer a UPA por falta de médico em posto. ((Foto: Divulgação))

Quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) em Dourados tem encontrado dificuldade na hora de agendar uma consulta, pelo menos nos postos, unidades mais próximas da casa dos moradores. Isso tem provocado superlotação na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), principalmente nos finais de tarde e noite.

O vereador Marçal Filho (PSDB) tem acompanhado de perto a problemática da saúde em Dourados. “Ninguém escolhe a hora de ficar doente e quando qualquer pessoa precisa de atendimento médico, ela precisa passar por avaliação naquele momento. Mas em Dourados a realidade tem sido diferente, porque há postos de saúde sem médico e alguns deles que têm, só agendam consulta para daqui uma semana, mês que vem”, critica o vereador.

Ontem (19) pela manhã Marçal esteve na UPA e conversou com pacientes e acompanhantes. Leila Cavilhone e o marido João Francisco chegaram no local com pedido de encaminhamento por uma auxiliar de enfermagem. A mulher, idosa, começou a passar mal ontem, com dores no corpo.

Em busca de atendimento médico, o casal, primeiramente, foi até o posto de saúde da vila Índio. O problema é que agendaram consulta apenas para o dia 31. “Só tinha médico para atender crianças. Dificilmente vou no posto e quando preciso não consigo atendimento”, lamenta Leila Cavilhone. O marido dela vai mais fundo: “A gente tem que rezar para não ficar doente, ainda mais se precisar do Hospital da Vida”. A unidade é referência em atendimento em trauma para 34 municípios da região e vive superlotada.

A dificuldade de encontrar atendimento em postos de saúde não se restringe à unidade da Vila Índio. Na Vila Industrial, por exemplo, o médico saiu de férias e não foi substituído em janeiro. Já o médico de Estratégia da Família (ESF) do Jardim Flórida pediu demissão e não há previsão de iniciar atendimento com novo profissional. “A doença não tira férias a ponto de uma pessoa esperar vários dias por uma consulta”, questiona o vereador.

PAI

Uma unidade que poderia desafogar postos de saúde e a UPA é o Pronto Atendimento Infantil (PAI). Instalado na Rua Frei Antônio, no bairro Terra Roxa, praticamente ao lado da UPA, o PAI foi construído com recursos federais do Ministério da Saúde, garantidos por Marçal Filho quando foi deputado federal. A unidade consiste num centro de saúde composto por uma equipe multiprofissional com pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos e outros especialistas para atender crianças de todas as idades.

O prédio está pronto há três anos, porém não chegou a ser inaugurado. A gestão passada da prefeitura de Dourados chegou a informar que colocaria o PAI para funcionar, mas não honrou. Marçal tem grande expectativa que a atual prefeita Délia Razuk inaugure a unidade até março, como ela informou à imprensa. "É um importante complexo que vai atender crianças em várias especialidades. Vamos aguardar a promessa da prefeita para melhorar a saúde de Dourados", afirmou o vereador.

Quanto aos postos de saúde sem médico ou que enfrentam problemas com agendamento de consultas para longo período, Marçal Filho diz que o fim desse impasse se resolve com a contração de mais médicos, principalmente nas unidades que concentram maior número de famílias. "O que não pode é a pessoa chegar no posto e receber a informação que haverá vaga para consulta na próxima semana, no mês que vêm", finaliza o vereador.

Pronto Atendimento Infantil está pronto há três anos; Délia promete entregá-lo até março.

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