Douradenses vão até Ponta Porã para fazer hemodiálise sem nenhum acompanhamento
Maria conta que eles saem de Dourados três vezes por semana, às 7h e retornam apenas no fim do dia entre 18h e 20h.
Maria Silva do Nascimento, esposa do seu Luiz Carlos Rios, de 58 anos, procurou a redação da 94FM para denunciar a situação em que se encontram os pacientes da rede pública de saúde, que moram em Dourados e dependem da hemodiálise.
Um micro ônibus leva 14 pessoas para realizar o procedimento em Ponta Porã, mas nenhum profissional de saúde acompanha o trajeto, além do mais, o esposo de Maria é diabético e há 6 anos perdeu a visão.
Segundo ela até pouco tempo eles faziam a viagem em uma kombi, sem nenhum conforto e que inclusive já sofreu um acidente durante o caminho.
Maria conta que eles saem de Dourados três vezes por semana, às 7h e retornam apenas no fim do dia entre 18h e 20h. “Esses dias uma mulher começou a passar mal e começou a sangrar, foi um corre-corre, nós mesmos tivemos que socorrê-la, sorte que estávamos chegando na cidade. O médico disse que se demorasse mais ela poderia ter morrido”, contou.
“Gostaria que pelo menos esses pacientes mais graves, como essa senhora e meu marido, pudessem ser atendidos em Dourados”, concluiu Maria.