Dois de 3 acusados por estupro coletivo concordam em fornecer material genético
Presos, réus foram intimados por determinação judicial e exame será usado em julgamento de crime cometido em Dourados
Dois de três homens acusados de terem participado de um estupro coletivo em Dourados concordaram em fornecer os próprios materiais genéticos à Justiça. Presos desde o dia 10 de junho de 2015, quando foram apontados como autores da violência sexual contra uma jovem de 19 anos, eles foram intimados por determinação da 2ª Vara Criminal da Comarca, que pretende fazer a comparação com a amostra encontrada na vítima na época do crime.
Edemil Arce Isnarde, de 27 anos, e Alfifo Arce Isnarde, de 24 anos, estão atualmente na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), para onde também foi transferido Coimando Arce Isnarde, de 21 anos, mais um acusado pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) de ter abusado sexualmente da vítima por ordem de Lindalva Valdez, outra ré que está encarcerada.
Em despacho do dia 11 de maio, o magistrado responsável pelo caso determinou a intimação dos réus para informar ao oficial de Justiça “se concordam em fornecer material genético para comparação com a amostra encontrada na vítima”, porque havia recebido laudo pericial que além de comprovar a violência sexual, revela que foi encontrado esperma dos possíveis autores do crime na jovem violentada.
Conforme a denúncia oferecida pelo MPE à Justiça em 13 de junho de 2015, o crime ocorreu na madrugada do dia 10 daquele mesmo mês na Aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados, onde moravam os envolvidos. Os suspeitos foram presos já no dia do crime, por uma equipe da Força Nacional de Segurança que atuava na região.
Em depoimento à polícia, a vítima disse ter ido até a casa de um homem a convite de Lindalva, onde ocorreria uma festa. Ao ir embora foi seguida por outro indivíduo e abordada por cinco rapazes. O estupro também teria tido a participação de dois menores de idade, mas a ação judicial não os menciona.
Dos três homens presos sob acusação de terem cometido o crime, Coimando Arce Isnarde foi intimado no dia 27 de abril, mas “afirmou de que não concorda em fornecer material genético”, conforme documento anexado ao processo pelo oficial de Justiça designado para cumprir a ordem de intimação.