Avenida de R$ 2 milhões não sai do papel após perda de verba federal
Tomada pelo mato, Avenida Joaquim Luiz Azambuja, no Altos do Indaiá, deveria ter duas faixas asfaltadas
Idealizada para ser uma via de ligação rápida ao HU-UFGD (Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados), a Avenida Joaquim Luiz Azambuja, no Altos do Indaiá, é apenas uma rua de terra toda esburacada e tomada pelo mato em Dourados. Essa situação, que castiga moradores da região, é fruto da perda de R$ 2 milhões em recursos do Governo Federal que deixaram de pingar nos cofres públicos municipais por descaso da administração passada.
A informação é do vereador Marçal Filho (PSDB), que visitou a região na manhã de terça-feira (31) e viu de perto os problemas enfrentados por quem mora nas imediações ou precisa utilizar a rua. “Deveria ser uma larga avenida de duas pistas. Atualmente só tem uma pista, com poste de energia no meio. Do outro lado o mato tomou conta”, afirmou o parlamentar em transmissão feita ao vivo em sua página pessoal no Facebook (assista abaixo).
Essa vistoria de Marçal é parte da atuação de vereador, um fiscal do município a favor da sociedade. No caso da Avenida Joaquim Luiz Azambuja, em particular, ele lamenta a perda de vultuosos recursos federais que havia direcionado à obra enquanto atuou em Brasília na condição de deputado federal.
“Durante a administração passada, do ex-prefeito Murilo, eu consegui quando era deputado federal R$ 2 milhões para que essa enorme avenida fosse totalmente asfaltada. Durante o ano todo os técnicos da prefeitura discutiam com técnicos do Ministério da Integração Nacional em Brasília e não chegaram a um acordo em relação a aprovação desse projeto de asfalto. No final de um dos anos do governo Dilma, ela baixou um decreto e cancelou todos os empenhos que haviam sido feitos para obras que não haviam sido iniciadas, como era o caso do asfalto dessa rua no Altos do Indaiá”, explicou Marçal.
“No ano seguinte eu não desanimei e novamente apresentei outra emenda parlamentar no mesmo valor, afinal de contas tinha feito um compromisso com os moradores da região, da Colônia Paraguaia e da Congregação Cristã do Brasil, que ficam na região. O valor foi empenhado, mas novamente a prefeitura não conseguiu fazer o projeto do jeito que o Ministério da Integração Nacional queria. Perdeu a verba novamente”, explicou Marçal, lamentando a inércia do poder público municipal.
Sem as obras para as quais já havia até o empenho de recursos da União, a prefeitura não foi capaz sequer de fazer a manutenção da avenida, que virou o enorme matagal, totalmente esburacado.
“Deveria ser uma larga avenida de duas pistas. Era para ligar a rua do Clube Indaiá até o HU e tornou-se uma rua toda esburacada e cheia de mato ao lado”, lamentou o vereador. “Isso mostra o descaso da administração pública, o que é o abandono de uma prefeitura com relação ao povo que mora em determinada região”, desabafou.
Agora na Câmara de Vereadores, Marçal Filho garante que vai manter uma atuação voltada a quem precisa. “Estamos aqui para demonstrar que é necessário que a nova administração, a prefeita que assumiu e seus secretários, possam olhar também para esse lado da cidade com um carinho especial, porque aqui a população sofreu e sofre”, destacou.