2º em concurso aciona juiz ao ver no Facebook nomeação da 87ª colocada
Mesmo aprovado dentro do número de vagas, autor do processo não foi convocado para posse pela prefeitura
Engenheiro ambiental aprovado em 2º lugar no concurso público de provas e títulos realizado pela Prefeitura de Dourados em 2016, um jovem que até agora não foi convocado para tomar posse como servidor efetivo no Imam (Instituto de Meio Ambiente) decidiu acionar a Justiça depois de descobrir pelo Facebook a nomeação em cargo comissionado da 87ª colocada nessa mesma concorrência.
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Na segunda-feira (13), ele ingressou com mandado de segurança na 6ª Vara Cível de Dourados contra o ex-prefeito Murilo Zauith (PSB) - “responsável pela aprovação do edital” do concurso -, a atual prefeita Délia Razuk (PR), e o município de Dourados. E pede uma decisão judicial que lhe garanta a posse no cargo para o qual foi aprovado.
Na petição apresentada ao juiz José Domingues Filho, o autor argumenta – embasado em documentação – ter sido aprovado na 2ª colocação para o cargo de Engenheiro Ambiental, que previa três vagas e salário de R$ 5.910,00 pela carga de 30 horas semanais de expediente, conforme o edital.
À espera da convocação para posse como servidor efetivo, ele passou a acompanhar as publicações do Diário Oficial do Município e notou uma sequência de nomeações para cargos comissionados no Imam desde o dia 2 de janeiro deste ano. Essas portarias, contudo, indicavam funções diferentes daquela para a qual foi aprovado, de Engenheiro Ambiental.
Mas uma publicação no Facebook da jovem que ficou no 87º lugar naquele concurso público chamou a atenção do aprovado na 2ª colocação. Ao atualizar seu perfil, a recém-nomeada revelou atuar na função de engenheira ambiental. Ele comprovou isso ao obter documentos oficiais da prefeitura, nos quais ela assina na condição de gestora ambiental.
O autor do processo queixa-se ainda de influência política no processo de nomeações, já que constatou parentesco entre a jovem que assumiu o cargo de Engenheiro Ambiental e um advogado – pai dela - que foi assessor parlamentar (também nomeado) de um ex-vereador ao longo da legislatura passada.
Como essa ação ainda aguarda análise judicial para ser aceita, a reportagem optou por não mencionar os nomes das partes até que haja algum tipo de despacho.