Superprodução brasileira de milho vai incomodar os EUA
Produção será recorde e 2ª safra de milho irá superar a 1ª - Na safra 2011/12
A safra recorde de produção de milho estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve incomodar os maiores exportadores do cereal no mundo - os norte-americanos - mais uma vez. A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA - na sigla em inglês), em avaliação onde mostra que o Brasil entrou de vez na competição pelo mercado mundial de exportação do grão.
Produção será recorde e 2ª safra de milho irá superar a 1ª - Na safra 2011/12, o país já havia ultrapassado a Argentina como o 2º maior exportador do cereal, aproximando-se dos norte-americanos, os maiores exportadores, façanha que deve se repetir nesta temporada. A perspectiva de produtividade, segundo IBGE, é em média 2% maior que 2012.
O órgão de agricultura do governo norte-americano estimou na última sexta-feira (8) que as exportações de milho do Brasil na temporada 2012/13 devem chegar a 19 milhões de toneladas, número acima do apontado em levantamento divulgado em janeiro.
A estimativa é que o Brasil produza 74,2 milhões de toneladas. Com este volume recorde o país deve empatar com a Argentina nas vendas externas, - ficando atrás somente dos EUA.
A expectativa de produção da safra brasileira 12/13 divulgada pelo USDA - de 72,5 milhões de toneladas, é pouco menor do que a do IBGE, mas um pouco maior que a previsão do mercado, fixada em 71,3 milhões de toneladas.
As exportações previstas pelo USDA também ficaram 1,5 milhão de toneladas acima da projeção de janeiro, em função de uma maior produtividade esperada para a primeira safra do Brasil e por boas perspectivas para a segunda.
Recorde atrás de recorde - Na temporada 2012, o Brasil colheu um recorde de 73 milhões de toneladas e exportou 24 milhões de toneladas, o maior volume da história. A área colhida do grão no Brasil deve crescer 6,9% e a produção 9,0%.
Em linha decrescente se encontra a exportação da safra 12/13 norte-americana do grão. As perspectivas de uma maior competição com o Brasil fizeram com que o governo norte-americano adotasse a prática de redução no volume do produto a ser exportado e aumentasse os estoques finais do país.