Vereador do PSL é cassado por exigir parte dos salários de seus assessores

Submetido a sessão extraordinária de julgamento, ele é suspeito de embolsar aproximadamente R$ 1 milhão em salários pagos para assessores nomeados em seu gabinete

Vereador Cláudio Duarte, do PSL, foi cassado (Foto: Cristiane Mattos/ O Tempo)
Vereador Cláudio Duarte, do PSL, foi cassado (Foto: Cristiane Mattos/ O Tempo)

Vereador em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, Cláudio Duarte, do PSL, mesmo partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República pregando combate ferrenho à corrupção, foi cassado justamente por quebra de decoro parlamentar na manhã desta quinta-feira (1º). 

Submetido a sessão extraordinária de julgamento, ele é suspeito de embolsar aproximadamente R$ 1 milhão em salários pagos para assessores nomeados em seu gabinete. A prática conhecida como “rachadinha” consiste na exigência de devolução de parte dos vencimentos ao parlamentar.

De acordo com o site O Tempo, a cassação ocorreu em clima tenso, com o alvo do julgamento autorizado a comparecer à sessão pela Justiça monitorado por tornozeleira eletrônica. Na ocasião, 37 vereadores votaram pela perda do cargo.

Afirmação atribuída pelo G1 a Mateus Simões (Novo), um dos integrantes da comissão processante, aponta que “pelo menos três ilícitos foram comprovados” contra o vereador do PSL.

“Ele praticou ‘rachadinha’, recebeu repasse de salários de servidores de seu gabinete. Há um caso inclusive que ele ficava com mais de 90 por cento da remuneração dos servidores, isso está comprovado. Ele, além disso, mentiu porque disse à polícia coisa diferente do que disse aqui, isso também é causa de cassação. E eu acho que o terceiro fato é de estar com a forma sofrendo restrições da Justiça. Eu analisei o fato de ele estar sendo preso, mas agora sabemos que ele está com tornozeleira eletrônica e isso é causa de cassação”, pontuou.

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