Puccinelli ameaça processar esposa de assessor político de Geraldo Resende

Flavio Britto, então diretor-presidente da Fundesporte na gestão Puccinelli, discursa ao lado de Geraldo Resen... (Edemir Rodrigues)
Flavio Britto, então diretor-presidente da Fundesporte na gestão Puccinelli, discursa ao lado de Geraldo Resen... (Edemir Rodrigues)

Vereadora em Campo Grande, Luiza Ribeiro (PPS) é pivô de uma polêmica que pode desgastar a relação do ex-governador André Puccinelli com o deputado federal Geraldo Resende (ambos do PMDB). Esposa de um assessor político do deputado, ela é ameaçada de processo por apontar indícios de corrupção na gestão passada no Governo do Estado.

O imbróglio começou quando a vereadora prestou depoimento ao MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). Aos promotores, ela acusou desvio de recursos públicos por parte de Puccinelli desde o primeiro mandato como prefeito de Campo Grande, em 1997. Também afirmou que o ex-governador teve participação num suposto golpe para cassar Alcides Bernal (PP) no ano passado.

Essas afirmações foram contestadas pelo advogado Renê Siufi, que defende André Puccinelli. Segundo ele, o ex-governador quer que a vereadora dê explicações sobre o que disse ao MPE no prazo de 48 horas. Também não descarta processá-la por calúnia e difamação.

Antes dessa manifestação de Puccinelli, no entanto, Luiza Ribeiro já havia sido repreendida por uma colega de parlamento na Câmara de Campo Grande. Conforme a recente edição do Jornal Notícias do Estado, a vereadora Carla Stephanini (PMDB) despejou uma série de acusações contra a esposa do afilhado político de Geraldo Resende.

A peemedebista lembrou que o marido de Luiza, Flávio Britto, sempre ocupou cargos de destaque inclusive no Governo do Estado, durante as gestões de Puccinelli. Após deixar a chefia da Superintendência Estadual da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), que comandou com o aval do deputado Geraldo Resende, assumiu a direção da Fundesporte (Fundação do Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), em 2012.

Wagner Guimarães
Quando chefiou a Funasa em MS, Flavio Britto tinha aval de Geraldo Resende, de quem é assessor político
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