Para Dilma, Delcídio cometeu “erro grosseiro”

Governo teme paralisia; é provável delação de senador

Para Dilma, Delcídio cometeu “erro grosseiro”

Numa reunião no final da manhã de ontem (25), já perto do meio-dia, a presidente Dilma Rousseff disse que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) cometeu “um erro grosseiro” ao tentar negociar proteção com Bernardo _filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.

Em conversa com ministros, Dilma discutiu a prisão do senador. Ela demonstrou surpresa, mas também abatimento. Dilma tem boa relação pessoal com Delcídio. Gosta dele.

Para a presidente, o senador acabou caindo numa armadilha e adotando uma atitude indefensável. Ou seja, não há margem nenhuma para o governo defender Delcídio.

O PT, que sempre recebe a carga maior do desgaste da Lava Jato na comparação com a presidente, desvinculou-se rapidamente do senador. Teve uma reação dura, negando solidariedade.

O poder de Delcídio estava mais ligado ao prestígio junto à presidente do que a uma rede de apoio partidário. O suporte de nove senadores do PT contra a decisão do STF de prender Delcídio deve ser entendido, na sua maioria, mais como um ato de solidariedade de colegas que poderão ser vítimas da Lava Jato do que como apoio partidário.

Neste momento, a maior preocupação do governo é evitar paralisia de votações no Congresso, o que já não andava fácil. Mas impedir também paralisia administrativa.

 

 

 

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