Geraldo Resende resolve votar a favor da reforma da previdência de Temer
Os deputados federais sul-mato-grossenses Geraldo Resende (PSDB) e Tereza Cristina (DEM) confirmaram apoio à reforma da Previdência. Dessa forma, são três parlamentares que declararam voto favorável, três contrários e dois indecisos sobre projeto que será votado a partir de 19 de fevereiro. São precisos 308 votos para aprovação, mas governo tem 270.
"Minha decisão é votar favorável a reforma que corta privilégios e prepara para o futuro", pontuou Geraldo Resende, ao Campo Grande News, enquanto busca detalhes sobre o texto alterado para garantir votos pró-governo sem abrir mão de itens como idade mínima.
Entre os parlamentares tucanos há pressão interna vinda do governador paulista e novo presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, para que o partido apoie a reforma da Previdência. A cúpula do partido, porém, enfrenta resistências para emplacar o texto.
Tereza Cristina, por sua vez, teve confirmada sua posição pela assessoria de imprensa em comunicado: "A deputada Tereza Cristina, é favorável à Reforma da Previdência".
Posicionamento se alinha ao defendido pelo ministro da Secretaria de Governo e deputado federal licenciado Carlos Marun (PMDB), que deve retornar à Câmara dos Deputados para votação. Isso depois de seu suplente, Fábio Trad (PMDB), declarar contrariedade ao projeto, em dezembro do ano passado, atribuindo déficit "a crônica má gestão da previdência".
Quanto aos prazos, Marun ressaltou que a proposta deve ser aprovada em fevereiro sob o risco de se perder a oportunidade de implementar a reforma. Na Câmara, haveria apoio de 270 dos 308 deputados necessários para aprovar o texto, enquanto no Senado 49 de 81.
Contrários - Votam contra a reforma, Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT), bem como José Orcírio Miranda, o Zeca (PT). Estes ainda buscam influenciar indecisos a também rejeitar o texto e apostam na pressão de centrais sindicais nas bases para reverter votos favoráveis.
Indecisos - As constantes mudanças no texto da reforma estariam impondo a Elizeu Dionizio (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) uma espécie de impasse para se posicionar.
"Texto está descaracterizado. A sociedade não sabe o que está sendo votado e o governo está hesitando. Não acredito que venha votar e se vier a debate vai se arrastar com uma eleição no meio", declarou Mandetta, que justificou ser difícil definir voto contra ou a favor.
Em contrapartida, Dionizio esclareceu que era contrário ao primeiro texto apresentado pelo governo e aguarda os ajustes para se posicionar efetivamente. "Até onde consigo avaliar a Previdência precisa passar por reforma profunda sem preferir ou preterir a começar pelos poderes e não deixar nenhum com preferências", declarou, emendando ainda faltarem regras claras quanto a transição e sua aplicabilidade a cada tipo de atividade laboral.