Com deputados de MS favoráveis, reforma da Previdência só será votada após eleições
Geraldo Resende e Tereza Cristina já haviam declarado apoio à proposta do presidente Michel Temer junto com Carlos Marun
O possível desgaste político eleitoral que a aprovação da reforma da Previdência traria às candidaturas deste ano fez a proposta do presidente Michel Temer (PMDB) ficar para depois das eleições gerais de outubro. Com isso, deputados federais de Mato Grosso do Sul que já haviam declarado voto favorável à medida, como Geraldo Resende (PSDB) e Tereza Cristina (DEM), terão uma explicação a menos para dar a seus eleitores.
Principal articulador do Palácio do Planalto para conquistar os 308 votos necessários para aprovação da reforma, o ministro da Secretaria de Governo e deputado federal licenciado Carlos Marun (PMDB) completa o trio sul-mato-grossense de parlamentares favoráveis à proposta na Câmara dos Deputados.
Embora tenha sido avaliada como inviabilizadora de aposentadorias no Brasil, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa alterar a Previdência já tinha apoio declarado de Geraldo Resende. "Minha decisão é votar favorável à reforma que corta privilégios e prepara para o futuro", disse o deputado em entrevista ao site Campo Grande News no início de fevereiro.
Para essa mesma publicação, a assessoria de imprensa da deputada federal Tereza Cristina divulgou nota breve sobre o assunto para decretar: "A deputada Tereza Cristina, é favorável à Reforma da Previdência".
Apesar dessas declarações de apoio ao presidente Michel Temer, a proximidade das eleições gerais provocou uma debandada contrária à votação neste ano. Desta forma, ciente de que não conseguiria os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, o governo federal decidiu deixar para depois essa pauta polêmica e impopular.
Mesmo antes dessa PEC sair da pauta, já haviam declarado voto contrário em Mato Grosso do Sul os deputados federais Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT), e José Orcírio Miranda, o Zeca (PT), além de Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Elizeu Dionizio (PSDB).