PF prende em flagrante dois envolvidos em trabalho análogo à escravidão no Mato Grosso do Sul

Autoridades encontraram aproximadamente 30 trabalhadores rurais, de nacionalidade paraguaia, trabalhando em condições degradantes

  • Redação com Polícia Federal
Após levantamento de informações, as equipes da PF e do Ministério do Trabalho localizaram a fazenda (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Após levantamento de informações, as equipes da PF e do Ministério do Trabalho localizaram a fazenda (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Na sexta-feira, 09/09, a Polícia Federal, em trabalho conjunto com o Ministério do Trabalho, prendeu em flagrante dois homens envolvidos com aliciamento e prática de trabalho análogo à escravidão, na região de Iguatemi, município sul-mato-grossense próximo à fronteira com o Paraguai.

Após levantamento de informações, as equipes da PF e do Ministério localizaram uma fazenda onde encontraram, aproximadamente, 30 trabalhadores rurais, de nacionalidade paraguaia, trabalhando em condições degradantes e análogas à de escravos em lavoura de mandioca. Também foi constatado o fornecimento de moradia precária aos trabalhadores.

Além das inadequadas e abusivas condições de trabalho, a remuneração dos trabalhadores era paga por meio de “vales”, os quais somente eram aceitos em estabelecimento comercial de propriedade do aliciador do grupo criminoso. Criando um círculo vicioso que aprisionava as vítimas no local, impedindo ou dificultando o retorno ao Paraguai.

O auto de prisão foi lavrado na Delegacia de Polícia Federal de Naviraí/MS. Os envolvidos foram liberados após pagamento de fiança no valor de R$ 50 mil, imposta pela Justiça Federal.

Os envolvidos respondem pelo crime de submeter indivíduos a condição análoga à de escravo, sujeitando-os a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, submetendo-os a condições degradantes de trabalho, restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador, além da pena correspondente à violência.                       

A ação também contou com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e da Assistência Social de Iguatemi/MS.


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