Deflagrada operação contra organização que aplicou golpe de R$ 190 mi em MS

  • Redação 94 FM
Divulgação (Arquivo)
Divulgação (Arquivo)

Nesta quarta-feira (5), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou  a operação Arnaque que mira organização criminosa que aplicou golpe de R$ 190 milhões. Os mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos em diversos estados, entre eles, Mato Grosso do Sul, sendo neste nos municípios de Iguatemi, Naviraí, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Eldorado, Anaurilândia e Chapadão do Sul.

Ao todo, são 39 mandados de prisão preventiva e 51 de busca e apreensão que abrange também Bahia (Barreiras), Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Sinop), Minas Gerais (Iturama), Paraíba (João Pessoa), Paraná (Araucária, Cascavel, Campo Mourão, Guarapava, Peabiru, Engenheiro Beltrão e Icaraíma) e Piauí (Floriano) - todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande.

De acordo com os investigadores do Gaeco, esta é a etapa conclusiva da investigação que, no último mês, tornou réus todos os 39 alvos de mandados de prisão, dentre eles sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos, pela prática dos crimes de integrar organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

Consta que foram descobertas duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis pela propositura de mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário (praticamente todas as demandas partem da premissa de que empréstimos consignados são forjados).

Os criminosos obtiveram procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.

As investigações revelaram ainda que os crimes, apesar de explorarem pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social, permitiram que líderes das organizações criminosas movimentassem cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade.

No Estado a operação de hoje teve apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

Nome da operação

Arnaque (tradução livre do francês: golpe) faz alusão aos métodos fraudulentos usados pelas organizações criminosas para enganar as vítimas.


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