Quilo da banana custa R$ 225 na Coreia do Norte, que vive crise de alimentos
Uma combinação de pandemia de Covid-19, tufões e enchentes está fazendo a Coreia do Norte experimentar uma terrível crise na oferta de alimentos. A escassez leva um quilo de banana a ser vendido em Pyongyang, a capital do país comunista o mais fechado do planeta, a incríveis R$ 225. É um recorde histórico. Uma simples banana sai, em média, pela bagatela de R$ 32. Seria uma "banana ouro"?
A crise foi noticiada inicialmente pela agência Reuters no mês passado. Recentemente, o ditador Kim Jong-un admitiu em reunião do Partido Comunista na semana passada que "a situação alimentar está ficando tensa". O setor agrícola, especialmente na produção de grãos, está sendo incapaz de alimentar os 26 milhões de norte-coreanos.
A Coreia do Norte fechou suas fronteiras para conter a disseminação do coronavírus. Como resultado, o comércio com a China despencou. A Coreia do Norte, que sofre sanções internacionais por causa do seu programa nuclear, depende da China para obter alimentos, fertilizantes e combustível.
A situação é tão dramática que os agricultores foram convidados a contribuir com dois litros da sua própria urina por dia em um esforço para ajudar a criar fertilizantes, relatou a Radio Free Asia.
Em resposta à situação, a agência de notícias NK News, com sede em Seul (coreia do Sul), observou que um item importante da agenda dos vizinhos do Norte seria "a questão de direcionar todos os esforços para a agricultura neste ano".
Nos anos 1990, o regime comunista implantou a "Marcha Árdua", movimento que visava a combate a escassez de alimentos no país, que tinha acabado de perder a ajuda da União Soviética, desmantelada. Estima-se que 3 milhões de norte-coreanos tenha morrido de fome à época.