Pai de Abdelhamid Abaaoud lamenta que filho 'não tenha sido capturado vivo'

  • AFP

Omar Abaaoud, pai de Abdelhamid, o suposto mentor dos atentados de Paris morto numa operação da polícia nesta quarta-feira (18), em Saint-Denis (ao norte de Paris), lamentou que seu filho "não tenha sido capturado com vida", declarou nesta sexta-feira (20) sua advogada.

"Teria preferido que Abdelhamid tivesse sido interrogado para compreender por que chegou a tal ponto", declarou Nathalie Gallant a jornalistas diante do Palácio da Justiça em Bruxelas.

A advogada contou que perguntou a seu cliente se ele queria recuperar o corpo de Abdelhamid, mas o pai "não pediu que fizesse trâmites neste sentido".

Omar Abaaoud está no Marrocos. Está "profundamente depressivo", disse, afirmando também que recomendou sua aproximação às "autoridades francesas" para obter informações sobre seu outro filho, Younes, de 15 anos, que Abdelhamid levou para a Síria no início de 2014. "Quer saber se continua vivo", explicou.

"Meu cliente está muito tranquilo, sabia que as coisas acabariam mal. Apenas sente raiva do filho [Abdelhamid] nem busca qualquer desculpa para ele", explicou Gallant.

O corpo de Abdelhamid Abaaoud, que também era conhecido como Abou Omar al-Baljilki (o belga, em árabe) foi "formalmente identificado", conforme anunciou nesta quinta-feira a Justiça francesa.

Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, Abdelhamid Abaaoud esteve envolvido nos ataques de Paris que deixaram ao menos 129 mortos, assim como em quatro de seis tentativas de atentados, que foram "evitados ou desmantelados pelos serviços franceses desde a primavera de 2015".

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