Engenharia Clínica do HU-UFGD expõe trabalho em Congresso realizado em Roma
Método para definição de obsolescência de equipamentos médicos em instituições públicas no Brasil visa otimização do recurso público para investimentos
No dia 22 de outubro, o Setor de Engenharia Clínica do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), integrou a programação de apresentação de trabalhos na sessão de pôsteres do 3º Congresso Internacional de Engenharia Clínica e Gestão de Tecnologia em Saúde, realizado em Roma (Itália).
Com o título “Método multicritério para determinar a obsolescência operacional de equipamentos médicos em instituições públicas de saúde no Brasil”, o trabalho apresentado foi desenvolvido no Setor de Engenharia Clínica do HU-UFGD, em conjunto com a estagiária de Engenharia de Produção da UFGD, Letícia Rumão dos Santos. A estagiária contribuiu com conhecimentos de ferramentas aprendidas no curso de Engenharia de Produção, de forma a construir o método utilizando pelo menos seis ferramentas de priorização.
Desenvolvido a partir dessas diversas ferramentas de gestão, o método permite um suporte na tomada de decisão para substituição de equipamentos médicos, visando a otimização do recurso público para investimentos.
De acordo com a engenheira Flávia Lefort Lamanna, chefe do Setor de Engenharia Clínica do HU-UFGD, o desenvolvimento do método que permita avaliar o nível de obsolescência do equipamento em seu ciclo de vida é essencial para que a instituição de saúde possa saber o quão perto ou longe um determinado equipamento está de sua desativação, o que possibilita a tomada de medidas apropriadas.
“Em instituições públicas de saúde no Brasil, devido às normas de licitações, leva-se muito tempo para concluir todo o processo de aquisição. Assim, prevendo a necessidade de comprar um equipamento médico, é possível evitar impactos negativos no atendimento ao paciente, uma vez que a instituição pode antecipar o processo de compra, para que aconteça antes de o equipamento ter sua parada total”, explica a engenheira.
Para Flávia, participar do 3º Congresso Internacional de Engenharia Clínica e Gestão de Tecnologia em Saúde foi uma experiência engrandecedora, uma vez que foi possível ter conhecimento das atividades que outras instituições estão desenvolvendo na área. “Diante do que vimos, pudemos concluir que a Engenharia Clínica na Rede EBSERH caminha em consonância com as atividades e tendências internacionais”, conclui.