Uso de maconha medicinal em crianças causa polêmica
Mykayla toma o equivalente a 9 gramas do tipo mais forte de maconha medicinal
Nos Estados Unidos, a legalização da maconha para uso medicinal em alguns estados ainda causa polêmica. Um dos pontos de debate gira em torno do uso terapêutico da Cannabis em crianças, como no caso da jovem Mykayla Comstock, de 8 anos, vítima de leucemia.
Mykayla vive na cidade de Pendleton, em Oregon, e toma duas doses diárias enormes de THC concentrado, o equivalente a 9 gramas do tipo mais forte de maconha medicinal. Ela consome a substância oralmente, no formato de cápsulas.
"Às vezes, eu deixo um pouco na minha boca, para sentir o sabor." As informações são da Vice, que contou a história de Mykayla em um curto documentário disponível em inglês.
Segundo os pais da garota, o tratamento diminuiu radicalmente os efeitos colaterais da quimioterapia. "Assim que tomou a primeira dose, ela sentiu fome e sorriu. Tínhamos nossa bebê de volta", diz Erin Purchase, mãe da garota.
Um dos principais pontos de desacordo nesse debate é sobre a dose limite nesses casos, além do controle sobre a produção da substância. No caso de Mykayla, o THC vem de uma fábrica caseira, instalada na garagem de um produtor local.
"Há muitas pessoas que acham que crianças não deveriam consumir Cannabis, incluindo o governo federal", diz Mike Mullins, responsável pela produção. "Mas achamos que é mais importante salvar a vida de uma criança do que se preocupar com o fato de ela ter THC em seu corpo."