Queimadas no Pantanal começam a ser extintas após 4 dias de força-tarefa
No quarto dia de combate intenso às queimadas no Pantanal de Corumbá a expectativa é de extinção nas próximas horas dos focos de calor que atingiram a região da Fazenda Santa Tereza, ao Norte do município. A operação desencadeada na terça-feira (21) pelo Governo do Estado, com o apoio de três aeronaves, foi determinante para controlar a situação e reduzir os impactos ambientais.
Na retomada das ações de combate aéreo e terrestre, nesta sexta-feira (24), a estimativa dos bombeiros e brigadistas da fazenda era de eliminação dos focos que circundavam a morraria que integra a Serra do Amolar, área definida como prioridade pela força-tarefa coordenada pela Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Agricultura Familiar e Produção) e Corpo de Bombeiros.
A criação da força-tarefa, com o apoio dos aviões Air Tractor, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso e do Distrito Federal, helicóptero Harpia, da Polícia Militar de MS, e 37 homens, entre bombeiros, pilotos e pessoal de apoio, ocorreu após o Governo do Estado registrar, de janeiro a abril de 2020, um número 40% maior de focos de queimadas na região em relação ao mesmo período do ano passado. Somente em abril são mais de 360 focos no Pantanal.
Ação
“O lançamento de água e os combates por terra evoluíram para a extinção do fogo, que era muito intenso na região”, informou o diretor do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, destacando o apoio do Governo do Estado pelo envio de aeronaves e efetivos do Corpo de Bombeiros para reforçar o trabalho de combate aos incêndios fora de época no Pantanal. “Com certeza, foi fundamental essa ação.”
Com o apoio de brigadistas das fazendas, o Corpo de Bombeiros reforçou nesta sexta-feira o combate por terra em outros pontos de incêndios, próximos ao Rio Paraguai – Jatobazinho e portos Mangueiral e Laranjeira -, em cujos locais é possível chegar de barco. O helicóptero Harpia, da PM/MS, deslocou logo pela manhã os bombeiros para posições de combate direto ao fogo em áreas de difícil acesso, entre as baías Vermelha e Castelo.
“Tivemos de tomar algumas medidas emergenciais imediatas em reação ao que foi detectado pela Sala de Situação, que monitora a evolução dos focos”, informou o secretário Jaime Verruck, da Semagro. ““O que aconteceu em março e vem acontecendo em abril é algo que nós esperávamos que só acontecesse a partir de junho. Nós estamos com indicadores que apontam quase dois meses de antecipação do tempo seco”, completou.