Por causa da intransigência do prefeito de Dourados, educação ameaça outra greve

  • Karina Veríssimo
Em greve anterior, o prefeito teria dito que discutiria as reivindicações (Arquivo 94FM)
Em greve anterior, o prefeito teria dito que discutiria as reivindicações (Arquivo 94FM)

Após a greve realizada no final de 2014 pelos educadores de Dourados, o prefeito municipal, Murilo Zauith, havia sinalizado que estaria aberto às negociações para atender ou ao menos discutir as reivindicações da categoria, entretanto, o acordo não foi cumprido.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Dourados (Simted), Murilo Zauith nem ao menos oportuniza uma reunião com a comissão para debater sobre as reivindicações solicitadas ainda no final do ano passado, como piso salarial e inserção das funções administrativas no Plano de Cargos e Carreiras. O sindicato informa que a prefeitura o ignora, especialmente agora que deveriam acontecer as ‘sempre duras negociações salariais’.

A acusação vai além, quando o Sindicato diz que “desde o ano passado, o prefeito e a secretária municipal de educação, Marinizi, realizam ações visando destruir o Sindicato que defende os interesses de toda uma categoria, como cooptar as lideranças equivocadas e coação dos educadores a não filiação ao Simted".

Por conta da forma com os educadores estão sendo tratados pela administração municipal, a membro da junta governativa do Simted, Gleice Jane Barbosa, relatou que, em assembleia geral e extraordinária realizada na última terça feira, foi decidida uma paralização para os próximos dias, envolvendo as redes municipais e estaduais.

“Nós temos mais uma vez como pauta a falta de comunicação com o prefeito. Para findar a greve passada, estava previsto na negociação com o Governo um acordo para plano de carreira, por exemplo, e já estamos em Abril e sequer iniciamos o diálogo”, revelou.

Outro quesito de relevância para a categoria é sobre o reajuste autorizado pelo Governo, todavia, há boato interno da prefeitura que “Murilo já teria anunciado que não daria reajuste algum para o administrativo este ano”. A pauta de reivindicações dos trabalhadores da Educação é mais do que justa, pois lutam por melhores condições de trabalho e a valorização da categoria.

Além da pauta municipal, o Simted também apoia a mobilização nacional, programada para a próxima quarta feira (15) contra o projeto sobre a terceirização que ainda tramita no Congresso Nacional. “A terceirização dos trabalhadores afeta todos os setores, independente da sua categoria. Podem provocar salários mais baixos, fim do concurso público, mais risco à saúde e é benéfica apenas para as empresas”.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.