Mais Médicos também amplia vagas para medicina nas faculdades do País, diz Dilma
Programa prevê a criação de 11.500 vagas em cursos de graduação de medicina até 2017, lembra presidenta em sua coluna semanal de rádio
A presidenta Dilma Rousseff reiterou ontem terça-feira (1º), na coluna semanal de rádio Conversa com a Presidenta, a que proposta do Mais Médicos vai além dos 14 mil profissionais de saúde para a demanda emergencial dos municípios.
De acordo com ela, o programa resolverá também o problema da falta de médicos no Brasil ao abrir mais vagas nas faculdades e criar novas escolas de medicina.
“O programa prevê a criação de 11.500 vagas em cursos de graduação de medicina até 2017. Para residência médica, que é a especialização profissional em áreas da medicina, como por exemplo, cardiologia, pediatria, ortopedia, ginecologia, estamos criando mais 12.400 vagas até 2018”, destacou ela.
A falta de vagas nas faculdades de medicina tem sido um mal brasileiro crônico e contribuiu para causar a presente escassez destes profissionais, principalmente no interior do País.
Segundo dados do Censo da Educação Superior, entre 2000 e 2011, apenas 1.391 vagas de medicina foram abertas em todas as faculdades públicas do País, abrangendo instituições municipais, estaduais e federais.
Por isso mesmo, a presidenta Dilma considerou importante a estratégia do programa Mais Médicos, de contemplar cidades do interior com vagas de medicina, fundamental para fixar os médicos na própria região onde são formados.
A presidenta afirmou ainda que faz parte do esforço de descentralizar a graduação e a especialização de médicos, antes restrita aos grandes centros urbanos, em especial nas regiões Sul e Sudeste do País.
Uma dificuldade adicional de expandir o número de vagas nesta área, especialmente nas pequenas cidades, é o alto custo da infraestrutura para o treinamento dos futuros médicos, como laboratórios e hospitais universitários, por exemplo.
No final do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou investimentos de R$ 82,4 milhões em hospitais universitários por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf).
O valor, publicado por meio da Portaria No. 2.759, no dia 20 de novembro passado, faz parte do total de R$ 560 milhões aprovado em 2013 para a reestruturação das unidades.
Ao todo, 29 hospitais universitários serão beneficiados com o recurso, que poderá ser investido em obras, modernização e custeio de procedimentos hospitalares.
Em 2012, o Ministério da Saúde repassou cerca de R$ 541 milhões aos hospitais universitários. O aporte financeiro é destinado para o aprimoramento e qualidade dos serviços prestados à população e do ensino para os alunos de graduação e pós-graduação na área da saúde.
Os hospitais universitários são vinculados às instituições de ensino superior do Ministério da Educação. O Ministério da Saúde repassa, além do financiamento do Rehuf, recursos para o custeio dos serviços prestados à população nas unidades, entre outros incentivos.
No dia 20 de dezembro do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) divulgou, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), uma lista de 49 municípios que tiveram seus projetos autorizados e poderão abrir novos cursos em instituições de educação superior privadas.
As cidades contempladas estão distribuídas em 15 estados das cinco regiões brasileiras e a expectativa é que sejam criadas 3,5 mil novas vagas.