Criolipólise: Veja os riscos do tratamento estético que promete congelar as gorduras

Criolipólise virou moda nas clínicas de estética para eliminar as gorduras localizadas. Mas algumas pacientes sofreram queimaduras.

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Criolipólise: Veja os riscos do tratamento estético que promete congelar as gorduras

Uma técnica que congela áreas do corpo para eliminar gordura. Tem gente que diz que dá certo. E tem gente que saiu bem machucada do procedimento. O Fantástico foi conferir que tratamento de beleza é esse que tem feito tanto sucesso. E dá dicas para você não entrar numa fria.

“Eu fiz pra tirar a gordura do abdômen”, diz Wilde. “Pra perder o peso”, conta Michelle.

Wilde e Michelle são jovens, bonitas e saudáveis. Tinham apenas uma reclamação: aquela gordurinha localizada difícil de tirar na malhação.

As duas procuraram o mesmo tratamento. E as duas acabaram com queimaduras profundas.

“Ficou duas marcas bem vermelhas”, mostra Wilde.

“Como se eu tivesse encostado na panela”, compara Michelle.

“O meu umbigo desapareceu”, lembra Wilde.

Michelle, para esconder a mancha que ficou, fez uma tatuagem: “Foi terrível”, lembra.

O tratamento que elas fizeram tem um nome difícil: crio-li-pó-li-se.

'Crio' significa frio. Lipólise é o termo científico para 'destruição de gordura'.

“Esse tratamento é um dos mais utilizados pra aquelas pessoas que não querem fazer uma lipoaspiração. Aquela pessoa que quer reduzir medida e excesso de peso e quer continuar trabalhando no mesmo dia”, explica o médico Gabriel Gontijo.

A técnica surgiu em 2008 em uma das universidades mais respeitadas do mundo, Harvard, nos Estados Unidos. Dois anos depois, virou tratamento de beleza. E de lá pra cá, invadiu clínicas de estética do Brasil.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a sessão, feita corretamente, sai caro. Varia de mil a mil e quinhentos reais. Mas tem gente fazendo por bem menos:

Essa é a primeira dica para quem quer encarar a criolipólise:

Se estiver barato demais, desconfie. Além disso, veja se a máquina utilizada tem registro na Anvisa.

Por fim, procure se informar sobre a experiência do profissional que vai aplicar a técnica. Vale pedir indicação para quem já fez. “Na clínica que eu fui, me explicaram tudo. Eles fizeram uma avaliação e em alguns lugares que eu gostaria de fazer, a pessoa que me avaliou disse não, não, aqui não precisa, “ conta Amarilis Fiorini.

Não existe uma regra nacional sobre quais profissionais podem aplicar a criolipólise. Consultamos os de dermatologia, fisioterapia, biomedicina e de esteticistas. Todos disseram que seus profissionais podem aplicar a técnica.

“Se for bem indicado e bem realizado, você terá um resultado satisfatório”, conclui o médico.

“Eu deveria ter pesquisado mais. Principalmente a clínica. Principalmente as pessoas que trabalham lá”, se arrepende Wilde.

“Eu fui procurar melhorar minha autoestima e tive um dano irreparável”, lamenta Michelle.

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