Confirmado primeiro caso de ebola contraído nos EUA

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Funcionários aguardam chegada de possível paciente com Ebola no Hospital Presbiteriano de Dallas em 8 de outub... (AFP/Getty/AFP/Arquivos)
Funcionários aguardam chegada de possível paciente com Ebola no Hospital Presbiteriano de Dallas em 8 de outub... (AFP/Getty/AFP/Arquivos)

Os Estados Unidos confirmaram neste domingo o primeiro caso de ebola contraído no país, o que coloca em dúvida as medidas de proteção adotadas e representa um duro golpe na luta mundial contra a epidemia.

A pessoa afetada é uma funcionária do Hospital Presbiteriano de Dallas, local onde foi tratado o liberiano Thomas Eric Duncan - vítima do ebola que morreu na última quarta-feira.

O anúncio do contágio reacendeu os temores acerca da capacidade dos países em conter a maior epidemia de ebola desde a identificação do vírus, em 1976.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a epidemia já deixou mais de 4.000 mortos entre 7.399 casos detectados em sete países, entre eles Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Até o momento, não existe vacina ou tratamento contra o vírus, que se transmite por contato direto com fluidos corporais uma vez que o paciente desenvolve os sintomas (febre, vômitos, dores musculares). Os profissionais da área de saúde devem usar uma roupa protetora para tratar os casos de Ebola.

O Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) abriu uma investigação devido a este caso suspeito com o objetivo de detectar mais trabalhadores do setor de saúde expostos a este vírus.

Questão de protocolo

"Não sabemos o que aconteceu no cuidado do paciente, o paciente original em Dallas, mas em algum ponto houve uma quebra no protocolo e esta quebra resultou na infecção", disse o chefe do CDC, Tom Frieden, à imprensa.

Segundo os funcionários de saúde, a doente - que pediu o anonimato - disse que não sabia se havia desrespeitado o protocolo de segurança.

O chefe clínico do departamento de Recursos Sanitários do Texas, Dan Varga, comentou que os funcionários estão muito preocupados porque, segundo eles, esta pessoa contraiu o vírus apesar de seguir todos os protocolos de segurança.

A Casa Branca informou que o presidente Barack Obama conversou por telefone com a ministra da Saúde, Sylvia Burwell, insistindo que os resultados da investigação de Dallas sobre as circunstâncias do contágio devem ser compartilhados "rapidamente e amplamente".

A União Nacional de Enfermeiras, principal sindicato do setor, afirmou que os trabalhadores do setor estão "alarmados com a preparação inadequada", destacou RoseAnn DeMoro, presidente do sindicato.

Na Libéria, onde 2.316 pessoas morreram, os funcionários do setor de saúde decidiram ampliar uma greve para exigir um pagamento maior pelo risco representado pela epidemia.

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