Bolsistas do ‘Ciência sem Fronteiras’ voltam ao Brasil por não falarem inglês
Quando o governo federal lançou, em 2011, o “Ciência sem Fronteiras”, programa que oferece aos alunos de graduação e pós-graduação bolsas de estudos no exterior, provavelmente, não imaginou que enfrentaria a falta de fluência no inglês dos estudantes como um obstáculo tão frequente.
Nas últimas semanas, 110 bolsistas que estão na Austrália e no Canadá desde setembro de 2013 foram convocados a voltar ao Brasil, pois não atingiram o nível exigido de proficiência no inglês. Esses alunos foram aprovados em edital para universidades de Portugal, em 2012.
O país concentra, hoje, a maioria dos participantes do programa, mas foi excluído entre os destinos do “Ciência sem Fronteiras”, por conta do grande número de brasileiros que já estão morando lá sem falar uma segunda língua. A decisão também recai como forma de incentivar os estudantes a dominar um segundo idioma.
Com a exclusão de Portugal, muitos universitários tiveram que escolher outro país, mesmo sem a proficiência, com a condição de que fariam um curso de inglês e, ao término, se aprovados no teste, permaneceriam no exterior.
Muitos bolsistas atingiram o nível de inglês exigido, mas esse não foi o caso dos 110 alunos que foram chamados a retornar ao Brasil. Eles alegam que a prova foi realizada antes do prazo previsto e, por isso, foram prejudicados.
Fato é que a falta de domínio do idioma fez com que esses estudantes perdessem uma chance ímpar. Falar inglês é estar preparado para as oportunidades!