Assassinato de médico em Douradina chama atenção para violência dentro de estabelecimentos de saúde em MS

Na região Centro-Oeste, o Estado é o segundo no ranking, ficando atrás somente do Distrito Federal, com 1.270 boletins de ocorrência.

  • Mariana Rocha
Banco de Imagens / Canva
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A violência contra profissionais de saúde tem se tornado uma preocupação crescente em Mato Grosso do Sul, refletindo um fenômeno que ocorre em diversas partes do Brasil e do mundo. Um levantamento  inédito feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que um médico é vítima de violência enquanto trabalha em um estabelecimento de saúde no Brasil a cada três horas.

O estudo foi feito com base na quantidade de boletins de ocorrência (BOs) registrados nas delegacias de Polícia Civil dos estados brasileiros e do Distrito Federal entre 2013 e 2024.  Com 3.993 registros, o ano de 2023 foi o mais violento contra os profissionais da categoria.

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros trabalhadores da saúde enfrentam, em suas rotinas de trabalho, situações de agressões físicas, verbais e psicológicas que comprometem sua segurança e bem-estar, além de impactarem diretamente na qualidade do atendimento prestado à população.

O caso mais recente foi o assassinado do médico  Edvandro Gil Braz que morreu após ser esfaqueado dentro de uma unidade de saúde em Douradina.  Entre 2013 e 2024, Mato Grosso do Sul registrou 995 casos de violência contra médicos no ambiente de trabalho, seja nos serviços públicos ou privados. Na região Centro-Oeste, o Estado é o segundo no ranking, ficando atrás somente do Distrito Federal, com 1.270 boletins de ocorrência. 

A legislação brasileira já prevê punições para a violência contra trabalhadores em serviço, mas ainda há um longo caminho para que as medidas protetivas sejam efetivamente implementadas e respeitadas. 


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