Jovem salva por transplante de fígado captado em Dourados tem alta médica

Um fígado captado no final de 2017 no Hospital da Vida, em Dourados, possibilitou o primeiro transplante para tratamento de paciente com febre amarela no mundo. E neste domingo (11), o programa Fantástico, da Rede Globo, deu destaque para a alta médica ocorrida na sexta-feira (9) da jovem que recebeu o órgão no Hospital das Clínicas de São Paulo.

Conforme a reportagem, esse foi "um capítulo importante da história da medicina". "Está tendo alta a primeira paciente da história a receber um transplante de fígado para tratamento de febre amarela. A engenheira Gabriela dos Santos, de 27 anos, passou 43 dias internada e agora está voltando para casa com fígado novo e livre da febre amarela", detalhou o repórter Álvaro Pereira Junior (assista abaixo).

Esse desfecho inédito na medicina mundial, contudo, só foi possível graças a doação de órgãos autorizada pela família de Franciely Ferreira de Freitas. Moradora em Rio Brilhante, a jovem doadora morreu aos 16 anos no Hospital da Vida, em Dourados, após ter sido encontrada com sinais de agressões em Fátima do Sul, onde passeava na casa de familiares.

TRATAMENTO INÉDITO

A captação de órgãos realizada na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul possibilitou à Central Nacional de Transplantes salvar vidas pelo Brasil. Uma delas foi a da engenheira de 27 anos que teria sido infectada pela febre amarela durante viagem a Mairiporã, município da região metropolitana de São Paulo.

Por causa da doença, que demorou a ser diagnosticada corretamente, Gabriela teve sérias complicações em seu quadro de saúde, com diagnóstico de hepatite fulminante. Internada no Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo) no dia 28 de dezembro de 2017, ela passou a frente na fila de espera por órgãos. E a captação do fígado em Dourados ocorreu no dia seguinte, 29.

CAPTAÇÕES

As captações de órgãos para transplantes tiveram crescimento inédito em Dourados desde 2017. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Renato Vidigal, isso é consequência da criação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes no Hospital da Vida, determinada pela prefeita Délia Razuk (PR).

"Essa comissão é responsável pelo trabalho de abordagem, pesquisa, investigação de morte encefálica, que é a morte cerebral. O Hospital da Vida, por ser um hospital de trauma, de urgência, é onde vão chegar os potenciais doadores, aquela pessoa que pode sim ter chances de doar os órgãos", explicou o secretário de Saúde recentemente.

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